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Pesquisa revela que 95% consideram depressão uma doença

O Setembro Amarelo é uma campanha direcionada à saúde mental, e para conscientizar a população para a prevenção ao suicídio. Visto que aproximadamente 280 milhões de pessoas no mundo têm depressão, de acordo com a OMS, o tema ganha força a cada ano. Com o objetivo de entender como o brasileiro se comporta sobre o tema, a Hibou - empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo - fez o levantamento “Setembro Amarelo”, com mais de 1.400 entrevistados.

Segundo os dados da Hibou, a percepção e a consciência sobre a depressão como doença é clara para 95% dos brasileiros. Apenas 5% a veem como um estado de humor/estado de espírito. E, de acordo com o Plano Nacional de Saúde divulgado em 2020, um em cada dez brasileiros com mais de 18 anos já recebeu diagnóstico de depressão.

Ao comparar os períodos de 2022 e 2021, é possível notar que há maior conhecimento da condição e, consequentemente, maior apoio. Este ano, 78% dos brasileiros afirmam conhecer alguém que esteja sofrendo com a depressão. Em 2021, eram 73,1%. A empatia sobre o momento do outro também fez com que, em 2022, 90% das pessoas tenha orientado alguém a buscar ajuda, enquanto em 2021, 88,4% tiveram este comportamento.

“Observamos que o entendimento sobre a depressão enquanto patologia existe, mas ainda há pessoas que zombam da situação, consideram como ‘frescura’ ou uma condição temporária. Felizmente, o percentual de quem já ouviu alguém fazer comentários negativos é pequeno (6%) quando comparado com a quantidade que já não escuta mais esse tipo de opinião (94%)”, comenta Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

Apoio profissional e familiar são essenciais

Para 95% da população, os psicólogos ou psiquiatras são os principais canais de ajuda. Também foram citados os profissionais da saúde, centros de ajuda ou grupos de apoio (42%). Apoio de outro conselheiro profissional (26%) ou de um um líder religioso (19%); Disque 188 - CVV - Centro de Valorização à Vida (10%); e fóruns e grupos na internet (8%) foram mencionados também. Além da ajuda de profissionais, conversar com a família foi citado por 40% ou com amigos (32%).

Praticar terapia é uma forma contínua de reconhecer sentimentos e aprimorar a saúde mental. 95% dos brasileiros consideram a terapia como uma forma de resgate à autoestima; 91% concordam que a família é essencial; 91% apontam que o ombro amigo é um abraço em momentos de crise; 85% afirmam que dividir os problemas com amigos ajuda, e 50% veem o uso de medicamentos como a melhor possibilidade para minimizar a depressão.

Mal do Século

Em análise a fatores externos, embora o mundo esteja cada vez mais conectado, 81% acreditam que a solidão é o mal do século, e 55% analisam que as redes sociais, como o Instagram, são gatilhos para a depressão. E mesmo com tantas informações disponíveis, 26% ainda concordam que toda pessoa com depressão é triste; 6% pensam que quem fala em se matar só quer chamar atenção, e 4% concordam que estar depressivo é sinônimo de fraqueza.

Pensamento suicida: um invasor silencioso

Este ano, o estudo identificou que todos os entrevistados conhecem, pelo menos, uma pessoa que cometeu suicídio.

“Um pequeno percentual da população ainda vê a depressão como algo passageiro, mas 100% dos entrevistados foram unânimes em concordar que ela pode resultar em suicídio”, observa Ligia. “Concordar com essa possibilidade é despertar a população para prestar apoio às pessoas com depressão antes que elas tirem sua própria vida, pois as estatísticas são severas”.
 
De acordo com o CVV - Centro de Valorização à Vida - a cada 45 minutos um brasileiro comete suicídio. Em 60 anos de atuação voluntária, o CVV fez mais de 40 milhões de atendimentos gratuitos visando a prevenção do suicídio e apoio emocional.

Suportes como este são de grande importância, pois de acordo com dados da Hibou do ano passado, 72,5% dos brasileiros conheciam alguém que já havia tentado ou cometido suicídio. Em 2022, o número subiu para 76%. Ou seja, em 12 meses, houve 3,5% a mais pessoas que compartilharam esse pensamento de sofrimento viram a morte como uma fuga.

Além de conhecerem alguém que encontrou no suicídio o fim do sofrimento, notou-se que a fuga do sofrimento está cada vez mais próxima do convívio dos brasileiros. Mais da metade da população (54%) afirma que um familiar ou amigo próximo se suicidou; 35% perderam um familiar distante ou uma pessoa conhecida deste modo; 24% vivenciaram o acontecimento com um amigo de convivência, e 20% com um colega de trabalho.

Subjetivo, porém real
Antes de uma decisão fatídica, alguns sinais e comportamentos foram observados pelos 76% dos brasileiros que conhecem alguém que cometeu ou tentou o suicídio. Foram destacados o desânimo e o isolamento social, mas sintomas subjetivos também receberam atenção: desinteresse de forma geral (36%); afastamento de interações sociais (33%); a pessoa tornou-se mais silenciosa que o habitual (29%) e apresentou sono excessivo, dormia muito (21%).

Já em relação às faixas etárias, a morte como fuga impacta a todas. Quando perguntados sobre a idade da pessoa na ocasião da tentativa ou do suicídio, 80% tinham menos de 35 anos.
 
Motivações de pensamentos suicidas
Para quem conviveu com uma pessoa com alto grau de depressão que tentou suicídio ou concretizou o ato, a autocobrança é observada como principal motivo do pensamento suicida. Isso acontece seja por que a pessoa não percebe possibilidades ou por não entenderem que correspondem ao que os outros esperam delas. De acordo com quem vivenciou a situação de perto, os principais motivos foram: Apatia ou falta de perspectiva de vida (28%); Não correspondência às expectativas da família e/ou amigos (22%) Fim de relacionamento amoroso (20%);Dívidas (13%) e Vítima de bullying ou outra estigmatização social (12%)

4 em cada 10 pessoas já tiveram pensamentos suicidas
Independente do motivo ou momento vivido, 4 em cada 10 brasileiros assumem ter pensado em tirar a própria vida, ou seja, 42% afirmam já terem tido tal pensamento. 79% deles afirmaram terem menos de 35 anos quando pensaram em suicídio pela primeira vez.

Quando esses pensamentos surgem, os meios de ajuda mais procurados estão relacionados a cuidados médicos como: Psicólogo (27%); Psiquiatra (23%); Terapia (20%); Acompanhamento médico (19%). E a busca profissional tende a ser efetiva, pois 79% afirmam que não permaneceram com o pensamento.

Ranking dos principais fatores associados à depressão


O sentimento de desesperança do brasileiro foi gerado por um cansaço em geral, incluindo o emocional. De acordo com o levantamento, o aumento do número de casos de depressão nos últimos anos tem sido crescente devido a fatores internos e externos, como:

    Isolamento social 61%
    Falta de perspectiva econômica e o desemprego 60%
    Excesso de trabalho e stress 60%
    Falta de expectativa de vida (excesso de informação gera confusão interna) 59%
    Aumento do uso de internet e redes sociais 57%
    Dúvidas existenciais 42%
    Cobranças familiares 38%
    Luto 32%
    Sedentarismo e falta de exercícios 32%
    Queda na religiosidade do povo 28%

Metodologia
A pesquisa “Setembro Amarelo” foi desenvolvida pela Hibou por painel digital com 1475 pessoas, em todo o Brasil. O levantamento foi feito entre 10 e 14 de setembro de 2022 e apresenta 95% de significância com 2,5% de margem de erro

Itiruçu Notícias

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