Por maioria de votos (4 a 1), os auditores entenderam que o atleta agiu de forma contrária à ética desportiva, com base no artigo 243-A do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Bruno Henrique, no entanto, foi absolvido da acusação de manipulação direta de resultado, prevista no artigo 243.
Apesar da decisão, o Flamengo já anunciou que vai recorrer. Enquanto o recurso não é julgado no pleno do STJD, o clube deve solicitar efeito suspensivo para permitir que o atacante siga atuando. O próprio Bruno Henrique participou da sessão por videoconferência, negou as acusações e reafirmou sua inocência.
Além do jogador rubro-negro, outros quatro atletas amadores também foram denunciados pela Procuradoria, acusados de envolvimento no esquema de apostas. Parte deles participou do julgamento de forma virtual.
Investigação paralela na esfera criminal
O caso não se limita ao campo esportivo. Em abril, a Polícia Federal indiciou Bruno Henrique por fraude esportiva, com base no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que prevê pena de dois a seis anos de prisão. A Justiça do Distrito Federal aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público, tornando o jogador réu no processo criminal.
De acordo com as investigações, Bruno Henrique teria informado a familiares sobre a intenção de receber um cartão amarelo no confronto contra o Santos, em novembro de 2023. As apostas suspeitas realizadas por pessoas próximas ao atleta despertaram atenção das casas de apostas e acabaram levando ao inquérito.
Agora, além de cumprir a punição no âmbito esportivo, o atacante ainda aguarda os próximos desdobramentos da ação judicial na esfera comum.



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