Em nota, os familiares destacaram o legado da comunicadora. "Sua partida deixa um vazio irreparável, mas seu legado de luta, perseverança e paixão pela vida e pela justiça social continuará a inspirar gerações futuras. Para nós, seus familiares, Wanda é referência de alegria, determinação, sensatez, honestidade e competência", diz o comunicado.
Trajetória no jornalismo
Natural do Amazonas, Wanda Chase construiu uma carreira sólida no jornalismo, passando por veículos como o Jornal A Crítica, Rede Manchete, TV Cabo Branco, Rede Globo Nordeste e, por 27 anos, na TV Bahia. Atuou como repórter, editora, colunista e apresentadora, sendo também uma ativa militante do movimento negro, defendendo a visibilidade e inclusão das comunidades afrodescendentes na mídia.
Mesmo após sua aposentadoria, Wanda seguiu atuante no cenário comunicacional, assinando a coluna "Opraí Wanda Chase" no Portal iBahia e desenvolvendo projetos como o podcast "Bastidores com Wanda Chase" e um livro sobre a axé music.
Homenagens e despedida
O velório será realizado na sexta-feira (4), a partir das 13h, no Cemitério do Campo Santo, sala 03, no bairro da Federação, em Salvador.
A Secretaria de Cultura da Bahia lamentou a perda da jornalista e ressaltou que ela seria homenageada com o título de Cidadã Baiana em março deste ano, mas a cerimônia precisou ser adiada devido à sua hospitalização.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também se manifestou, afirmando que "sua partida deixa uma lacuna no jornalismo e na luta por igualdade racial e justiça social".
O músico Carlinhos Brown destacou a importância da jornalista na comunicação e cultura da Bahia. "Seu poder de comunicação era tão forte que, quando ela chegava na TV, até as comidas ganhavam cheiro através das telas. As roupas, a dança, o olhar, o canto africano. E seus resquícios ganhavam profundidade através da sua potência comunicadora e da sua oralidade", escreveu.
A cantora Daniela Mercury também prestou homenagem: "Nossa Rainha Amazonense dos blocos Afro que contribuiu tanto para o jornalismo e a cultura da Bahia, vá em paz. Vá com todas as proteções e todo o axé".
A morte de Wanda Chase deixa uma marca na história do jornalismo baiano, reforçando sua importância na representatividade e na luta por equidade racial no Brasil.
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