O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) disse nessa quarta-feira que o "orçamento secreto" são "manobras em benefício daqueles que apoiam o governo". A declaração foi dada durante a entrevista para o portal UOL.
Mourão também afirmou que há diferença entre as emendas do relator, conhecido também como "orçamento secreto", e o esquema do mensalão, escândalo que ocorreu em 2005 e consistiu em compras de votos no governo Lula.
"É totalmente diferente. O mensalão era dinheiro, como dizia ... Quando eu morei na Venezuela, eu era adido militar lá, havia o auxiliar do adido da República Dominicana que dizia que o Hugo Chávez comprava os parlamentares a “billete limpio”. Ou seja, colocava o dinheiro na mão", comentou o general.
Durante a entrevista, o Mourão também comentou sobre a pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro à Presidência da República. De acordo com o general, Moro "tem luz própria" e é o "principal candidato da terceira via".
"O doutor Sergio Moro, ele tem luz própria. É alguém que conquistou parcela da população brasileira como atuação dele como juiz principalmente no caso ali do petrolão. Ele tem esse espaço dentro do campo político. Eu o vejo hoje como a principal candidatura da assim chamada terceira via. 'Agora, vai depender de ele conseguir empolgar a massa, né. O Moro, tenho certeza que empolga uma parcela esclarecida da população, mas hoje quem empolga a massa, na minha visão, são só duas pessoas... Bolsonaro e Lula", afirmou Mourão
Na semana passada, o STF suspendeu o pagamento do "orçamento secreto" após o governo Bolsonaro empenhar R$ 909 milhões em emendas parlamentares dias antes da votação da PEC dos Precatórios, aprovada em segundo turno na Câmara e que segue para votação no Senado. Uma das principais críticas sobre o ''orçamento secreto'' é a falta publicidade sobre os gastos.
O que é 'orçamento secreto' ou 'orçamento paralelo'?
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou um esquema bilionário para obter apoio do Congresso.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o chefe do Executivo reservou um orçamento secreto de R$ 3 bi em emendas, boa parte delas destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.
O orçamento paralelo aparece em um conjunto de 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional e órgãos vinculados para indicar como eles preferiam usar os recursos.
Os documentos mostram que o esquema atropela leis orçamentárias, pois são os ministros que deveriam definir onde aplicar os recursos, e dificulta o controle do Tribunal de Contas da União (TCU) e da sociedade. Os acordos para direcionar o dinheiro não são públicos, e a distribuição dos valores não é equânime entre os congressistas, atendendo a critérios eleitorais. Só ganha quem apoia o governo.
A Controladoria Geral da União e a Polícia Federal investigam um esquema de venda de emendas parlamentares. A investigação diz respeito a uma suspeita de que deputados e senadores estariam repassando verbas do orçamento federal para prefeitura em troca de parte do recurso.
Mourão também afirmou que há diferença entre as emendas do relator, conhecido também como "orçamento secreto", e o esquema do mensalão, escândalo que ocorreu em 2005 e consistiu em compras de votos no governo Lula.
"É totalmente diferente. O mensalão era dinheiro, como dizia ... Quando eu morei na Venezuela, eu era adido militar lá, havia o auxiliar do adido da República Dominicana que dizia que o Hugo Chávez comprava os parlamentares a “billete limpio”. Ou seja, colocava o dinheiro na mão", comentou o general.
Durante a entrevista, o Mourão também comentou sobre a pré-candidatura do ex-juiz Sergio Moro à Presidência da República. De acordo com o general, Moro "tem luz própria" e é o "principal candidato da terceira via".
"O doutor Sergio Moro, ele tem luz própria. É alguém que conquistou parcela da população brasileira como atuação dele como juiz principalmente no caso ali do petrolão. Ele tem esse espaço dentro do campo político. Eu o vejo hoje como a principal candidatura da assim chamada terceira via. 'Agora, vai depender de ele conseguir empolgar a massa, né. O Moro, tenho certeza que empolga uma parcela esclarecida da população, mas hoje quem empolga a massa, na minha visão, são só duas pessoas... Bolsonaro e Lula", afirmou Mourão
Na semana passada, o STF suspendeu o pagamento do "orçamento secreto" após o governo Bolsonaro empenhar R$ 909 milhões em emendas parlamentares dias antes da votação da PEC dos Precatórios, aprovada em segundo turno na Câmara e que segue para votação no Senado. Uma das principais críticas sobre o ''orçamento secreto'' é a falta publicidade sobre os gastos.
O que é 'orçamento secreto' ou 'orçamento paralelo'?
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criou um esquema bilionário para obter apoio do Congresso.
Segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o chefe do Executivo reservou um orçamento secreto de R$ 3 bi em emendas, boa parte delas destinada à compra de tratores e equipamentos agrícolas por preços até 259% acima dos valores de referência fixados pelo governo.
O orçamento paralelo aparece em um conjunto de 101 ofícios enviados por deputados e senadores ao Ministério do Desenvolvimento Regional e órgãos vinculados para indicar como eles preferiam usar os recursos.
Os documentos mostram que o esquema atropela leis orçamentárias, pois são os ministros que deveriam definir onde aplicar os recursos, e dificulta o controle do Tribunal de Contas da União (TCU) e da sociedade. Os acordos para direcionar o dinheiro não são públicos, e a distribuição dos valores não é equânime entre os congressistas, atendendo a critérios eleitorais. Só ganha quem apoia o governo.
A Controladoria Geral da União e a Polícia Federal investigam um esquema de venda de emendas parlamentares. A investigação diz respeito a uma suspeita de que deputados e senadores estariam repassando verbas do orçamento federal para prefeitura em troca de parte do recurso.
Agência O Globo
Nenhum comentário: