O governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (18/07) o início de um processo de revisão "profunda" das suas relações com os Estados Unidos, depois de a Casa Branca ameaçar o país com "fortes e rápidas" sanções econômicas no caso de concretização da Assembleia Nacional Constituinte, cuja eleição dos membros está prevista para o dia 30 de julho.
"Aviso, desde já, por instrução do presidente da República, que nós faremos uma revisão profunda com o governo dos EUA, porque nós não aceitamos humilhações de ninguém", disse o ministro de Relações Exteriores, Samuel Moncada, em uma declaração pela televisão.
"Ao nosso povo, aos nossos chefes militares, nacionalistas, revolucionários, e patriotas, aos nossos embaixadores no mundo todo, a todos os meios de comunicação, aos nossos amigos no mundo, este é um momento de definição", afirmou Moncada.
Moncada convocou os venezuelanos e seus aliados no mundo a marcar posição em torno da ameaça dos EUA, feita nesta segunda (17/07) após a divulgação da informação que 7,5 milhões de venezuelanos, segundo dados da oposição, rejeitaram a Constituinte impulsionada por Maduro em uma consulta organizada à revelia do governo. Há suspeitas de fraude neste plebiscito.
No mesmo dia, o governo fez uma simulação, coordenada com o Poder Eleitoral, para ensaiar a eleição dos membros da Assembleia Constituinte.
Agência Efe
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