Um sangrento ataque talibã contra uma escola do Paquistão nesta terça-feira deixou pelo menos 148 mortos, entre eles sete integrantes do grupo radical - e 131 feridos, a maior parte crianças, em uma das piores ações terroristas no país, que se prolongou durante horas e gerou uma enérgica condenação internacional.
O diretor-geral do escritório de relações públicas do Exército paquistanês (ISPR), Asim Bajwal, declarou em entrevista coletiva que 132 das 141 vítimas fatais eram meninos, com idades entre 7 e 17 anos. Os outros nove eram funcionários do colégio.
Entre os 131 feridos estão nove militares que ajudaram na operação de libertação das 960 pessoas que estavam no interior da escola.
Um grupo de insurgentes vestidos com uniformes do Exército entrou pelos fundos do colégio, administrado por militares na cidade de Peshawar, antes do meio-dia no horário local (6h de Brasília), equipados com várias armas e coletes com explosivos, detalhou Bajwal.
Segundo ele, os talibãs não tinham intenção de fazer reféns, apenas de conseguir atingir o maior número possível de vítimas.
Um porta-voz da polícia, Sedi Wali, afirmou à Agência Efe que os talibãs abriram fogo e lançaram granadas contra meninos e professores, enquanto iam de sala em sala disparando contra os alunos.
"Estávamos em uma das salas quando escutamos os disparos. O som dos tiros se aproximava até que a porta se abriu e duas pessoas começaram a disparar", revelou um dos alunos sobreviventes, de 14 anos, ao jornal local "The Express Tribune".
O Exército paquistanês teve dificuldades para retomar o controle do local, dificultado pelos explosivos instalados pelos talibãs no interior do colégio. O ataque só foi encerrado por volta das 18h20 locais (11h20 de Brasília), quando os militares conseguiram matar sete insurgentes que estavam entrincheirados.
A ação é uma das piores ocorridas nos últimos anos no país asiático, que viveu em novembro um atentado que deixou 57 mortos e 112 em um posto na fronteira do Paquistão com a Índia. Leia mais aqui!



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