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Está sendo veiculada em algumas redes sociais desde a última semana, a notícia que o Governo da Bahia teria reestabelecido a obrigatoriedade do uso de máscaras por conta do aumento no número de casos de Covid-19.

A notícia é FALSA segundo o governo so estado da Bahia. O último decreto estadual publicado que tratou sobre uso de máscaras na Bahia é de 29 de março deste ano.

O uso de máscaras segue com as mesmas diretrizes do decreto de 29 de março:

a)    Indicado em hospitais e demais unidades de saúde, como clínicas e Unidades de Pronto Atendimentos – UPAs;

b)    Obrigatório para indivíduos que estejam apresentando sintomas gripais como tosse, espirro, dor de garganta ou outros sintomas respiratórios;

c)    Obrigatório para indivíduos que tenham tido contato com pessoas sintomáticas;
d)    Obrigatório para indivíduos com confirmação de Covid-19, mesmo que assintomáticos.

A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) em contato com o Itiruçu  Notícias. destaca que o mais importante neste momento de aumento do número de casos de Covid-19 é elevar a cobertura vacinal. Atualmente, a Bahia possui cerca de 13% da população imunizada com a dose da vacina bivalente, sendo o público-alvo os maiores de 12 anos. 

O fake News com este vem sendo espalhado pela redes sociais no ultimos 5 anos em grande  proporção  que inclusive conseguiu eleger um presidente da republica. Vale salientar que espalhar fake  é crime. O combate à desinformação deve ser um compromisso de todos os cidadãos.

Divulgar informação ou notícia que sabe ser falsa e que possa modificar ou desvirtuar a verdade com relação à saúde, segurança pública, economia ou processo eleitoral ou que afetem interesse público relevante. Pena – detenção, de um a três anos, e multa, se o fato não constitui crime mais grave.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, nesta quarta (1º), reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano.

Este foi o 3º corte seguido na taxa básica de juros, que começou a recuar em agosto deste ano. A decisão foi unânime, e os diretores anteciparam a redução da mesma magnitude (ou seja, 0,5 ponto percentual) nas próximas reuniões.

Em 12,25%, a taxa chegou ao menor nível desde o início de maio de 2022 - quando estava em 11,75% ao ano.

 A Selic desempenha um papel fundamental na política monetária, influenciando todas as taxas de juros no país.

TSE  condena Bolsonaro e Braga Netto que ficam  inelegíveis até 2030
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) condenou hoje, por 5 votos 2, Jair Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto, candidato à vice na chapa do ex-presidente, por uso eleitoral das comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de Setembro do ano passado.

Para a maioria dos ministros da Corte, ficou comprovado que a chapa fez uso eleitoral dos eventos comemorativos, por meio de uma deliberada confusão do ato oficial com o comício de campanha. Essa prática teve a gravidade o suficiente par desequilibrar o pleito de 2022, conforme a corrente que venceu o julgamento.

Ambos ainda terão que pagar multas de R$ 425 mil e R$ 212 mil, respectivamente. É possível recorrer ao TSE — o que a defesa de Bolsonaro disse que vai recorrer  ai TSE, e, em último caso, ao STF.

A sessão de hoje foi retomada com os votos dos ministros André Ramos Tavares e Cármen Lúcia, que defenderam a condenação de Bolsonaro e do vice, o general Walter Braga Netto, à inelegibilidade. Ambos seguiram a ala aberta por Floriano de Azevedo Marques na semana passada.

Nunes Marques seguiu a divergência de Raul Araújo, e defendeu a absolvição de Bolsonaro e Braga Netto. O ministro defendeu somente a aplicação de multa de R$ 40 mil ao ex-presidente. O julgamento foi concluído com o voto de Alexandre de Moraes.

Braga Netto era cotado para disputar a Prefeitura do Rio de Janeiro em 2024. Bolsonaro, que já estava inelegível por um caso anterior, soma uma segunda condenação ao seu histórico.

Rosemberg quer unificação da base em torno de pré-candidatura em Itabuna
Com maior votação em Itabuna e região, o deputado estadual Rosemberg Pinto se posiciona sobre a acirrada disputa política na cidade para as eleições de 2024. Com muitos pré-candidatos e indefinições na base aliada, em relação aos nomes de Geraldo Simões (PT) e do atual prefeito, Augusto Castro (PSD), ele avalia que é preciso concentrar esforços em quem é melhor capaz de fazer um enfrentamento ao “Carlismo”.

“Temos um prefeito que tem, obviamente, direito à reeleição, e apoiou a eleição de Jerônimo e Lula. Na minha opinião é quem está em melhores condições de fazer essa disputa, mas é legítimo que o partido (PT) apresente um nome e essa discussão passe a ser também no convencimento. Essa é uma posição da maioria do partido e eu espero que aconteça, para que a gente busque uma unificação”, avaliou o líder petista.

Atualmente, a cidade de Itabuna tem seis pré-candidaturas lançadas, sendo quatro da oposição e duas da base aliada.

Deputado Hassan solicita instalação de uma sinaleira no Entroncamento de Jaguaquara (BR-116)
O deputado estadual Hassan (PP), que move intensa campanha pela duplicação da BR-116, desde a Ponte do Rio Paraguaçu até a divisa com Minas Gerais, tendo como trecho prioritário a Serra do Mutum, entre os municípios de Jaguaquara e Jequié, preocupado com os constantes atropelamentos, solicitou ao governador Jerônimo Rodrigues e ao secretário de Infraestrutura, Sérgio Brito, que sejam enviados esforços junto à concessionária ViaBahia, para que seja instalada uma sinaleira no Entroncamento de Jaguaquara (BR-116), com sistema de acionamento por pedestre ou por aproximação.

Na indicação protocolada na Assembléia Legislativa da Bahia (Alba), Hassan justifica sua solicitação apontando que o entroncamento de Jaguaquara (BR-116) apresenta-se como área sensível, demandando atenção premente e especial, a fim de que a segurança da população, bem jurídico maior, seja protegida, diante do intenso fluxo de veículos na rodovia que passa por área urbana. “É urgente a necessidade de investimentos contínuos em segurança no trânsito, de modo a reduzir o risco de lesões e mortes”, pondera o deputado.

Ele acrescenta que “a instalação da sinaleira solicitada é uma alternativa para minimizar o problema de segurança viária na região, pois combina a eficiência dos semáforos tradicionais com o sistema de acionamento, direcionando de modo inteligente o tráfego de automóveis e pedestres”.

Hassan lembra que, através de indicação apresentada por ele e já aprovada na Alba, solicitou também a instalação de passarelas no Distrito Stela Câmara Dubois, (Entroncamento de Jaguaquara), sobre a rodovia BR-116, reforçando a preocupação em adotar ações para prevenir acidentes e proteger a vida na região.

A Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores, nesta quarta-feira (25), foi marcada pela filiação de cinco novos prefeitos para o grupo. Sehundo o site Bahia Notícias na ocasião, foram validadas as filiações do prefeito Orgeto Bastos, de Pilão Arcado; Renato Brandão de Oliveira, de Andorinhas; Nandinho da Serraria, de Esplanada; Lélio Júnior, de Presidente Jânio Quadros e Zico de Baiato, de Alcobaça. Com esta soma, o PT conta agora com cerca de 42 prefeitos no estado.

 

No primeiro semestre, foi anunciada a chegada de cinco novos gestores ao partido, sendo eles, Pequeno Sales, de Catu; Dr Marcelo, de Cocos; João Vei, de Lafaiete Coutinho; Romi de Planaltino e Ulysses Veiga, de Piraí do Norte - a legenda conta agora com 42 prefeitos no estado.

 

O presidente do PT Bahia, Éden Valadares, reafirmou os critérios estabelecidos e pactuados pela Direção Estadual, em que o partido só aceitará gestores que votaram em Lula e Jerônimo no primeiro turno das eleições gerais, que tenham disposição de apoiar deputados do partido e de dialogar com os diretórios municipais do PT. 

 

“A chegada dos novos companheiros nos alegra e nos anima. São gestores que se comprometem com os nossos propósitos, que é continuar transformando a vida dos baianos, ao lado de Jerônimo e de Lula, para fazermos da Bahia um estado melhor ainda para seu povo, com mais oportunidade de trabalho, de crescimento, de uma vida digna, com acesso à saúde e educação de qualidades”, afirmou.

 

    De acordo com o partido, o objetivo para as eleições de 2024 é aumentar o número de gestores do PT e da Federação para levar o projeto de desenvolvimento e inclusão social do presidente Lula e do governador Jerônimo ao maior número de municípios baianos.

    Por 323 votos a favor, 119 contra e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) o projeto de lei de taxação dos super-ricos. A proposta antecipa a cobrança de Imposto de Renda de fundos exclusivos e passa a taxar aplicações em offshores, empresas no exterior que abrigam investimentos.

    Após a votação do texto principal, todos os destaques foram rejeitados. Agora, segue para o Senado.

    Inicialmente prevista para terça-feira (24), a votação do projeto, que trancava a pauta da Câmara desde o dia 14, foi adiada para esta quarta. A aprovação ocorreu no dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa Econômica Federal. Ele entra no lugar de Rita Serrano, que deixou o cargo.

    O projeto foi aprovado com várias mudanças. O relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), concordou em elevar, de 6% para 8%, a alíquota para quem antecipar, tanto nos fundos exclusivos como nas offshores, a atualização de valor dos rendimentos acumulados até agora. Originalmente, o governo tinha proposto 10%.

    Em relação às offshores, o relator fixou uma alíquota linear de 15% sobre os rendimentos. O governo originalmente tinha proposto alíquotas de 0% a 22,5% conforme os rendimentos anuais. O relator alegou que a diferença de alíquotas entre os fundos exclusivos de longo prazo (15%) e os 22,5% para as offshores geraria o efeito contrário do que o governo pretendia e provocaria fuga de capitais do Brasil, com super-ricos mudando de domicílio fiscal.

    Impacto
    As mudanças farão o governo arrecadar menos que o previsto. Pela proposta original, o governo tinha a pretensão de reforçar o caixa em R$ 20 bilhões em 2024 e em até R$ 54 bilhões até 2026. A equipe econômica ainda não divulgou uma estimativa de receitas com as novas votações.

    O governo precisa reforçar o caixa em R$ 168 bilhões para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, conforme estipulado pelo novo arcabouço fiscal, aprovado no fim de agosto pelo Congresso. A tributação dos super-ricos representa uma das medidas mais importantes para obter receitas.

    Fundos agrícolas e imobiliários
    O relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), fechou um acordo com a bancada ruralista sobre o aumento no número de cotistas nos Fiagros, fundos de investimento em cadeias agroindustriais. O número mínimo de cotistas para que os Fiagros e os fundos de investimentos imobiliários, regidos pela mesma legislação, obtenham isenção de Imposto de Renda, saltou de 50 para 100.

    O governo tinha proposto mínimo de 500 cotistas e, na semana passada, fez uma contraproposta de 300 cotistas. O relator também criou uma trava para limitar as cotas entre parentes a 30% do patrimônio líquido do fundo, incluindo parentes de segundo grau.

    Pedro Paulo também acatou uma sugestão para que empresas que operem no país com ativos virtuais, independentemente do domicílio, passem a ser obrigadas a fornecer informações periódicas de suas atividades e de seus clientes à Receita Federal e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que combate a lavagem de dinheiro.

    Definições
    Instrumentos personalizados de investimentos, com um único cotista, os fundos exclusivos exigem pelo menos R$ 10 milhões de entrada e taxa de manutenção de R$ 150 mil por ano. Atualmente, apenas 2,5 mil brasileiros aplicam nesses fundos, que acumulam patrimônio de R$ 756,8 bilhões e respondem por 12,3% da indústria de fundos no país.

    Atualmente, os fundos exclusivos pagam Imposto de Renda (IR), mas apenas no momento do resgate e com tabela regressiva, quanto mais tempo de aplicação, menor o imposto. O governo quer igualar os fundos exclusivos aos demais fundos de investimento, com cobrança semestral de IR conhecida como come-cotas. Além disso, quem antecipar o pagamento do imposto pagará alíquotas mais baixas.

    Em relação à taxação das offshores, o governo quer instituir a tributação de trusts, instrumentos pelos quais os investidores entregam os bens para terceiros administrarem. Atualmente, os recursos no exterior são tributados apenas e se o capital retorna ao Brasil. O governo estima em pouco mais de R$ 1 trilhão (pouco mais de US$ 200 bilhões) o valor aplicado por pessoas físicas no exterior.

    Confira o projeto da câmara
    Fundos exclusivos

    • Instrumento: originalmente era medida provisória, mas texto foi incorporado a projeto de lei;

    • Como é: tributação apenas no momento do resgate do investimento;

    • Tributação: alíquota de 15% (fundos de longo prazo) ou de 20% (fundos de curto prazo, de até um ano) de Imposto de Renda sobre os rendimentos uma vez a cada semestre por meio do mecanismo chamado “come-cotas” a partir do ano que vem. Fundos com maiores prazos de aplicação têm alíquotas mais baixas por causa da tabela regressiva de Imposto de Renda;

    • Atualização antecipada: quem optar por começar a pagar o come-cotas em 2023 pagará 8% sobre o estoque dos rendimentos (tudo o que rendeu até 2023). O governo propôs dois modelos de pagamento

    – 8% para quem parcelar em quatro vezes, com a primeira prestação a partir de dezembro. Na medida provisória, o governo tinha proposto alíquota de 10% nessa situação;

    – 15% para quem parcelar em 24 vezes (dois anos), com primeira prestação a partir de maio de 2024.

    Offshore e trusts

    • Instrumento: projeto de lei;

    • Como é: recursos investidos em offshores, empresas no exterior que abrigam fundos de investimentos, só pagam 15% de Imposto de Renda sobre ganho de capital se voltarem ao Brasil;

    • Tributação: 15% de cobrança anual de rendimentos a partir de 2024, mesmo se dinheiro ficar no exterior. Governo tinha proposto alíquotas progressivas de 0% a 22,5%, conforme os rendimentos anuais

    • Apuração: lucros das offshores serão apurados até 31 de dezembro de cada ano

    • Forma de cobrança: tributação dos trusts, relação jurídica em que dono do patrimônio transfere bens para terceiros administrarem.

    • Como funcionam os trusts: atualmente, legislação brasileira não trata dessa modalidade de investimento, usada para reduzir o pagamento de tributos por meio de elisão fiscal (brechas na legislação) e facilitar distribuição de heranças em vida;

    • Atualização antecipada: quem optar por atualizar o valor do estoque dos rendimentos (tudo o que rendeu até 2023) pagará menos. Nesse caso, a adesão é voluntária. O governo propôs dois modelos de pagamento

    – 8% para quem parcelar em quatro vezes, com a primeira prestação a partir de dezembro. Na medida provisória, o governo tinha proposto alíquota de 10% nessa situação;

    – 15% para quem parcelar em 24 vezes (dois anos), com primeira prestação a partir de maio de 2024.

    • Variação cambial: lucro com alta do dólar não será tributado em duas situações

    – variação cambial de depósitos em conta corrente ou em cartão de crédito ou débito no exterior, desde que os depósitos não sejam remunerados;

    – variação cambial de moeda estrangeira para vendas de moeda de até US$ 5 mil por ano.

    Fiagro e fundos de investimentos imobiliários

    • Definição: Fiagros são fundos de investimento em cadeias agroindustriais, fundos de investimentos imobiliários são fundos que aplicam em imóveis

    • Como é: fundos com pelo menos 50 cotistas e com cotas negociadas na bolsa de valores ou em mercados de balcão de derivativos têm isenção de Imposto de Renda

    • O que muda: para obter isenção de IR, número mínimo de cotistas sobe para 100, com limite de cotas entre familiares a 30% do patrimônio líquido total, incluindo parentes até o segundo grau. Receita Federal tinha proposto 500 cotistas, depois reduziu proposta para 300

    • Impacto: segundo relator, de 70 fundos do tipo, apenas quatro perderiam a isenção do IR


    Por 323 votos a favor, 119 contra e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (25) o projeto de lei de taxação dos super-ricos. A proposta antecipa a cobrança de Imposto de Renda de fundos exclusivos e passa a taxar aplicações em offshores, empresas no exterior que abrigam investimentos.

    Após a votação do texto principal, todos os destaques foram rejeitados. Agora, segue para o Senado.

    Inicialmente prevista para terça-feira (24), a votação do projeto, que trancava a pauta da Câmara desde o dia 14, foi adiada para esta quarta. A aprovação ocorreu no dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Carlos Antônio Vieira Fernandes para a presidência da Caixa Econômica Federal. Ele entra no lugar de Rita Serrano, que deixou o cargo.

    O projeto foi aprovado com várias mudanças. O relator, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), concordou em elevar, de 6% para 8%, a alíquota para quem antecipar, tanto nos fundos exclusivos como nas offshores, a atualização de valor dos rendimentos acumulados até agora. Originalmente, o governo tinha proposto 10%.

    Em relação às offshores, o relator fixou uma alíquota linear de 15% sobre os rendimentos. O governo originalmente tinha proposto alíquotas de 0% a 22,5% conforme os rendimentos anuais. O relator alegou que a diferença de alíquotas entre os fundos exclusivos de longo prazo (15%) e os 22,5% para as offshores geraria o efeito contrário do que o governo pretendia e provocaria fuga de capitais do Brasil, com super-ricos mudando de domicílio fiscal.

    Impacto
    As mudanças farão o governo arrecadar menos que o previsto. Pela proposta original, o governo tinha a pretensão de reforçar o caixa em R$ 20 bilhões em 2024 e em até R$ 54 bilhões até 2026. A equipe econômica ainda não divulgou uma estimativa de receitas com as novas votações.

    O governo precisa reforçar o caixa em R$ 168 bilhões para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, conforme estipulado pelo novo arcabouço fiscal, aprovado no fim de agosto pelo Congresso. A tributação dos super-ricos representa uma das medidas mais importantes para obter receitas.

    Fundos agrícolas e imobiliários
    O relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), fechou um acordo com a bancada ruralista sobre o aumento no número de cotistas nos Fiagros, fundos de investimento em cadeias agroindustriais. O número mínimo de cotistas para que os Fiagros e os fundos de investimentos imobiliários, regidos pela mesma legislação, obtenham isenção de Imposto de Renda, saltou de 50 para 100.

    O governo tinha proposto mínimo de 500 cotistas e, na semana passada, fez uma contraproposta de 300 cotistas. O relator também criou uma trava para limitar as cotas entre parentes a 30% do patrimônio líquido do fundo, incluindo parentes de segundo grau.

    Pedro Paulo também acatou uma sugestão para que empresas que operem no país com ativos virtuais, independentemente do domicílio, passem a ser obrigadas a fornecer informações periódicas de suas atividades e de seus clientes à Receita Federal e ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que combate a lavagem de dinheiro.

    Definições
    Instrumentos personalizados de investimentos, com um único cotista, os fundos exclusivos exigem pelo menos R$ 10 milhões de entrada e taxa de manutenção de R$ 150 mil por ano. Atualmente, apenas 2,5 mil brasileiros aplicam nesses fundos, que acumulam patrimônio de R$ 756,8 bilhões e respondem por 12,3% da indústria de fundos no país.

    Atualmente, os fundos exclusivos pagam Imposto de Renda (IR), mas apenas no momento do resgate e com tabela regressiva, quanto mais tempo de aplicação, menor o imposto. O governo quer igualar os fundos exclusivos aos demais fundos de investimento, com cobrança semestral de IR conhecida como come-cotas. Além disso, quem antecipar o pagamento do imposto pagará alíquotas mais baixas.

    Em relação à taxação das offshores, o governo quer instituir a tributação de trusts, instrumentos pelos quais os investidores entregam os bens para terceiros administrarem. Atualmente, os recursos no exterior são tributados apenas e se o capital retorna ao Brasil. O governo estima em pouco mais de R$ 1 trilhão (pouco mais de US$ 200 bilhões) o valor aplicado por pessoas físicas no exterior.

    Confira o projeto da câmara
    Fundos exclusivos

    • Instrumento: originalmente era medida provisória, mas texto foi incorporado a projeto de lei;

    • Como é: tributação apenas no momento do resgate do investimento;

    • Tributação: alíquota de 15% (fundos de longo prazo) ou de 20% (fundos de curto prazo, de até um ano) de Imposto de Renda sobre os rendimentos uma vez a cada semestre por meio do mecanismo chamado “come-cotas” a partir do ano que vem. Fundos com maiores prazos de aplicação têm alíquotas mais baixas por causa da tabela regressiva de Imposto de Renda;

    • Atualização antecipada: quem optar por começar a pagar o come-cotas em 2023 pagará 8% sobre o estoque dos rendimentos (tudo o que rendeu até 2023). O governo propôs dois modelos de pagamento

    – 8% para quem parcelar em quatro vezes, com a primeira prestação a partir de dezembro. Na medida provisória, o governo tinha proposto alíquota de 10% nessa situação;

    – 15% para quem parcelar em 24 vezes (dois anos), com primeira prestação a partir de maio de 2024.

    Offshore e trusts

    • Instrumento: projeto de lei;

    • Como é: recursos investidos em offshores, empresas no exterior que abrigam fundos de investimentos, só pagam 15% de Imposto de Renda sobre ganho de capital se voltarem ao Brasil;

    • Tributação: 15% de cobrança anual de rendimentos a partir de 2024, mesmo se dinheiro ficar no exterior. Governo tinha proposto alíquotas progressivas de 0% a 22,5%, conforme os rendimentos anuais

    • Apuração: lucros das offshores serão apurados até 31 de dezembro de cada ano

    • Forma de cobrança: tributação dos trusts, relação jurídica em que dono do patrimônio transfere bens para terceiros administrarem.

    • Como funcionam os trusts: atualmente, legislação brasileira não trata dessa modalidade de investimento, usada para reduzir o pagamento de tributos por meio de elisão fiscal (brechas na legislação) e facilitar distribuição de heranças em vida;

    • Atualização antecipada: quem optar por atualizar o valor do estoque dos rendimentos (tudo o que rendeu até 2023) pagará menos. Nesse caso, a adesão é voluntária. O governo propôs dois modelos de pagamento

    – 8% para quem parcelar em quatro vezes, com a primeira prestação a partir de dezembro. Na medida provisória, o governo tinha proposto alíquota de 10% nessa situação;

    – 15% para quem parcelar em 24 vezes (dois anos), com primeira prestação a partir de maio de 2024.

    • Variação cambial: lucro com alta do dólar não será tributado em duas situações

    – variação cambial de depósitos em conta corrente ou em cartão de crédito ou débito no exterior, desde que os depósitos não sejam remunerados;

    – variação cambial de moeda estrangeira para vendas de moeda de até US$ 5 mil por ano.

    Fiagro e fundos de investimentos imobiliários

    • Definição: Fiagros são fundos de investimento em cadeias agroindustriais, fundos de investimentos imobiliários são fundos que aplicam em imóveis

    • Como é: fundos com pelo menos 50 cotistas e com cotas negociadas na bolsa de valores ou em mercados de balcão de derivativos têm isenção de Imposto de Renda

    • O que muda: para obter isenção de IR, número mínimo de cotistas sobe para 100, com limite de cotas entre familiares a 30% do patrimônio líquido total, incluindo parentes até o segundo grau. Receita Federal tinha proposto 500 cotistas, depois reduziu proposta para 300

    • Impacto: segundo relator, de 70 fundos do tipo, apenas quatro perderiam a isenção do IR


    Governo estadual envia à ALBA projeto da nova lei baiana de licitações e contratos 
    O governo baiano acaba de enviar à Assembleia Legislativa um projeto da lei com o objetivo de adequar rotinas e disciplinar a aplicação no Estado da Lei Federal nº. 14.133/2021, que dispõe sobre normas gerais de licitações e contratos na administração pública. Criado em atenção a uma exigência de regulamentação prevista na Constituição Estadual, o projeto de lei nº 25.080/2023, caso aprovado, irá viabilizar a adoção de uma série de inovações voltadas para garantir mais transparência, economicidade e eficiência aos processos de compras e contratações públicas.

    Entre as novidades previstas, está, por exemplo, a criação da modalidade de licitação “diálogo competitivo”, que contribui para a contratação de objetos complexos, para os quais os antigos modelos de licitação eram insuficientes e resultavam, não raramente, em problemas de execução contratual.

    Para licitações de todas as modalidades, o novo regramento elege o formato eletrônico como regra, com a realização de sessões públicas presenciais apenas em casos excepcionais, devidamente motivados e com gravação em áudio e vídeo.  

    Também visam contribuir para o aprimoramento das contratações, medidas como a proibição de aquisição de itens de luxo, e a previsão de utilização de meios alternativos para resolução de controvérsias (conciliação, mediação, arbitragem), além da possibilidade de celebração de contratos com a administração pública por até cinco anos e a contratação por prazo indeterminado nos casos de serviços de monopólio, como água e energia.

    Vale ressaltar que todas estas inovações já estão previstas na Lei Federal nº. 14.133/2021. De acordo com a Constituição Federal, as regras gerais acerca de licitações e contratos são matérias de competência exclusiva da União, cabendo aos Estados e Municípios apenas a edição de normas específicas que não podem contrariar as normas gerais editadas em âmbito nacional.

    Para garantir que durante a transição para o novo regramento não haja impactos prejudiciais à continuidade das compras e contratações no Estado, o projeto de lei baiano prevê ainda um período de convivência entre a lei atual, nº 9.433/2005, e a nova legislação a ser publicada.

    Lula pede corredor humanitário ao presidente de Israel
    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente de Israel, Isaac Herzog, nesta quinta-feira (12). Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou ter agradecido o apoio para a operação de retirada dos brasileiros de Israel, além de ter reiterado a condenação brasileira aos ataques promovidos pelo grupo Hamas, que o presidente classificou como atos terroristas.

    "Agradeci o apoio para a operação de retirada dos brasileiros que desejam retornar ao nosso país. Reafirmei a condenação brasileira aos ataques terroristas e nossa solidariedade com os familiares das vítimas", disse.

    Notícias relacionadas:Israel: cerco em Gaza continuará enquanto o Hamas mantiver reféns.Governo manda avião presidencial para buscar brasileiros em Gaza.Lula também pediu ao chefe de Estado israelense para que não deixe faltar água, luz e remédios em hospitais, e fez um apelo pela abertura de um corredor humanitário que permita às pessoas saírem da Faixa de Gaza, a zona mais crítica da Palestina, que tem sofrido com bombardeios e cerco militar.

    "Não é possível que os inocentes sejam vítimas da insanidade daqueles que querem a guerra. Transmiti meu apelo por um corredor humanitário para que as pessoas que queiram sair da Faixa de Gaza pelo Egito tenham segurança. E que o Brasil está à disposição para tentar encontrar um caminho para a paz", escreveu.

    O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) assumiu, nesta terça-feira (3), a presidência da Frente Parlamentar Mista de Defesa do Sistema de Auditoria (SNA) do SUS (Sistema Único de Saúde), após cerimônia realizada na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

    Entre os principais objetivos da frente, estão aprimorar a legislação federal nas ações de saúde, promover a progressão da carreira dos auditores, implantar os componentes do SNA e ressaltar a importância destes na melhoria dos processos de tomada de decisão do SUS.

    Participaram da solenidade a deputada Érika Kokay (PT-RJ), vice-presidente da frente, o presidente da Unasus Sindical (União Nacional dos Auditores do SUS), José Queiroz, a vice-presidente, Solimar Mendes, e o auditor-geral do SUS, Alexandre Rodrigues.

    Na ocasião, Solla ressaltou a necessidade de reconstruir novas bases do sistema de auditoria, que, assim como toda a área da saúde no país, acabou prejudicado pela gestão federal anterior, classificada pelo parlamentar como “desastrosa”.

    “Nosso SUS precisa de um sistema de auditoria que seja capaz de dar respostas aos desafios atuais”, avalia Solla. “Em poucos meses, o Ministério da Saúde já conseguiu recuperar o financiamento e milhares de serviços que deixaram de receber recursos federais”, completou.

    Para o presidente da entidade, a formalização da frente colabora para o fortalecimento do SUS. “Com grande apoio parlamentar, principalmente do deputado Solla, nosso foco com a frente, além das questões do SNA, é o fortalecimento do SUS”, diz Queiroz.

    “Com a frente, esperamos conquistar a recomposição do quadro do SNA, que é responsável por auditar todos os recursos públicos da saúde, o segundo maior orçamento federal, e, com isso, podermos proporcionar um atendimento melhor à sociedade”, vislumbra Mendes.

    O presidente Lula sancionou  projeto de lei (PL) do Desenrola
    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta terça-feira, 3, o projeto de lei (PL) do Desenrola, que contém as regras do programa de renegociação de dívidas lançado pelo governo federal, e com limite para os juros no crédito rotativo do cartão de crédito.A sanção ocorreu sem vetos

    Este foi o primeiro despacho de trabalho público que Lula fez desde que foi submetido a duas cirurgias na sexta-feira, 29. Lula passou por uma artroplastia do quadril, cirurgia ortopédica, e uma blefaroplastia, cirurgia das pálpebras para tratar o excesso de pele na região dos olhos. O presidente teve alta hospitalar antecipada no domingo, 1º, e permanece no Palácio da Alvorada desde então.

    O Senado aprovou na segunda-feira, 2, PL do Desenrola com limite para os juros no crédito rotativo do cartão de crédito. O governo tinha pressa para aprovar a matéria porque a medida provisória que criou o programa perderia a validade.

    Sem o projeto de lei, o Desenrola — que entra agora em nova fase, incluindo quem ganha até dois salários mínimos ou que recebe benefícios sociais — seria suspenso.

    Pelo texto, o limite para os juros do rotativo será aplicado caso os bancos não apresentem em 90 dias, a contar da publicação da lei, proposta de autorregulamentação ao Conselho Monetário Nacional (CMN).

    Na falta dessa proposta, o projeto prevê que será aplicado um teto que limita a dívida ao dobro do montante original. Ou seja, o débito pode, no máximo, dobrar de tamanho com a aplicação dos juros.

    O crédito rotativo do cartão de crédito é acionado quando o cliente não paga integralmente a fatura do cartão. Hoje, depois de 30 dias no rotativo, os clientes são transferidos para o parcelamento com juros da dívida. Os juros do rotativo são os mais altos do mercado, com média superior a 440% ao ano, segundo o Banco Central. No parcelado, a média é de quase 200% ao ano.

    Rachel Sheherazade fala que  Bolsonaro ordenava o que tinha de ser exibido no SBT
    A jornalista Rachel Sheherazade, ex-âncora do SBT e agora participante de "A Fazenda 15", expôs, na noite deste sábado (24), um possível esquema de notícias a favor do ex-presidente da República Jair Bolsonaro na emissora de Silvio Santos.

    Durante uma conversa com André Gonçalves, Lucas Souza e Jaquelline, Rachel Sheherazade afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro determinava o que o SBT colocava no ar sobre o governo dele. A jornalista entregou que algumas ordens eram enviadas por Fábio Faria, genro de Silvio Santos e Secretário de Comunicação do governo Bolsonaro .

    "O presidente da República liga reclamando. O Secretário de Comunicação [Fábio] do governo passado [Jair Bolsonaro] ligava para a emissora. 'Se eu quero que vá ao ar e se eu não quero que vá ao ar'. Era assim", disse Rachel Sheherazade.

    STF forma maioria contra marco temporal das terras indígenas - Itiruçu Notícias
    O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria, nesta quinta-feira (21), contra a validade da tese do marco temporal das terras indígenas.

    O julgamento já está em 7 a 2. O sexto voto foi do ministro Luiz Fux, seguido pela ministra Cármen Lúcia. Os dois acompanharam o voto do relator, do processo, o ministro Edson Fachin. Até o momento, só dois ministros votaram a favor da tese, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

    A análise havia sido retomada na quarta-feira (20), com o voto do ministro Dias Toffoli, que se manifestou contra a tese. Faltam ainda os votos de Gilmar Mendes e Rosa Weber, presidente da corte.

    A tese do marco temporal estabelece que a demarcação dos territórios indígenas deve respeitar a área ocupada pelos povos até a promulgação da Constituição Federal, em outubro de 1988.

    O marco é criticado por advogados especializados em direitos dos povos indígenas, pois segundo eles validaria invasões e violências cometidas contra indígenas antes da Constituição. Já ruralistas defendem que tal determinação serviria para resolver disputas por terra e dar segurança jurídica e econômica.

    Fux afirmou, em seu voto, que as terras indígenas devem ter proteção do estado, ainda que não tenham sido demarcadas, e que essa é a interpretação mais correta da Constituição.

    "O que se estabelece é que as áreas ocupadas pelos indígenas, e que guardam alguma vinculação com a ancestralidade e a tradição dos povos indígenas, ainda que não estejam demarcadas, elas têm a proteção constitucional", disse.

    Ele também defendeu que o que se analisa é a posse das terras pelos indígenas, "não aquela posse imemorial".

    "É aquela posse que não há mais esse estado fático, então nem eu serei despejado, nem vossa excelência terá que trabalhar na rua, nem o Supremo vai para outro lugar", disse, dirigindo-se ao ministro Gilmar Mendes.

    A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que está nos Estados Unidos com a comitiva do governo federal que visita a ONU (Organização das Nações Unidas) também comemorou a maioria formada pelo Supremo.

    "Seguimos agora comemorando, celebrando, sim, essa grande conquista. Foram tantos anos de muitas lutas, muitas mobilizações, muita apreensão para este resultado. Porque, sim, é um resultado que define o futuro das demarcações de terras indígenas no Brasil", disse.

    Do lado de fora o STF, como nos outros dias de votação, os movimentos indígenas se reuniram para acompanhar a votação -e comemoraram, com cantos e danças, a formação da maioria contra a tese.

    A presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana, afirmou que é "dia de comemorar a vitória".

    "[A maioria] enterra de vez essa tese absurda, por inconstitucionalidade, em relação ao marco temporal", afirmou. Segundo Joenia, ainda há diversas frentes de perigo contra os direitos dos povos, mas o julgamento no STF, em sua avaliação, era uma das mais importantes.

    "Uma luta a cada dia, uma vitória a cada dia", completou.

    "A decisão de hoje fortalece a democracia e põe fim a uma das mais sórdidas tentativas de inviabilizar os direitos indígenas desde a redemocratização do país", acrescentou a advogada Juliana de Paula Batista, do Instituto Socioambiental (ISA).

    O julgamento havia sido paralisado em 31 de agosto, após o voto do ministro Luís Roberto Barroso. Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes também votaram contra o marco.

    "Estamos a julgar a pacificação de uma situação histórica. Não estamos a julgar situações concretas, estamos aqui julgando o destino dos povos originários do nosso país. É disto que se trata", disse Toffoli na quarta.

    "A proteção constitucional aos direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam independe da existência de um marco temporal em 5 de outubro de 1988 ou da configuração do remitente esbulho [usurpação da posse]", acrescentou.

    O primeiro a votar e a refutar a tese do marco temporal foi o relator Edson Fachin, ainda em 2021. Ele disse que a teoria desconsidera a classificação dos direitos indígenas como fundamentais, ou seja, cláusulas pétreas que não podem ser suprimidas por emendas à Constituição.

    Para o ministro, a proteção constitucional aos "direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam" não depende da existência de um marco.

    Também naquele ano, Kassio Nunes Marques reafirmou o marco temporal. Ele defendeu que a Constituição de 1988 reconheceu aos indígenas os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, mas essa proteção constitucional depende exatamente de um marco temporal.

    Em junho deste ano, Alexandre de Moraes votou contra a tese, mas propôs mudanças em relação à indenização que deve ser paga pela União a proprietários de terrenos em locais ocupados tradicionalmente por indígenas.

    Segundo Moraes, se não houver esbulho (usurpação da posse), conflito físico ou controvérsia judicial na data da promulgação da Constituição, a União deve indenizar previamente o proprietário de terra localizada em ocupação tradicional indígena, em dinheiro ou em títulos da dívida agrária.

    Além disso, caso a desapropriação dessas pessoas seja contrária ao interesse público e "buscando a paz social", a União "poderá realizar a compensação às comunidades indígenas, concedendo-lhes terras equivalentes às tradicionalmente ocupadas, desde que haja expressa concordância".

    Em agosto, na retomada do julgamento, André Mendonça fez uma longa retrospectiva histórica sobre os locais ocupados pelos indígenas desde o século 16 e disse que caso o marco temporal seja derrubado "descortina-se a possibilidade de revolvimento de questões potencialmente relacionadas a tempos imemoriáveis".

    "Essa hipótese, que por si só já me parece demasiadamente insegura, é ainda mais problemática na questão atual, no campo de uma viragem jurisprudencial", acrescentou.

    Para ele, caso o marco temporal não exista, haveria prejuízo à sociedade, porque retiraria "qualquer perspectiva de segurança jurídica" a respeito das demarcações.

    Em seguida, Zanin disse que é impossível impor qualquer tipo de marco temporal em desfavor dos povos indígenas. Já Barroso afirmou que extraiu do caso da Raposa Serra do Sol a visão de que não existe um marco temporal fixo e inexorável para as demarcações. 


    COMO JÁ VOTARAM OS MINISTROS DO STF SOBRE O MARCO TEMPORAL

    _Placar está 7 a 2_

    CONTRA

    **Edson Fachin**

    O relator argumenta que o direito dos povos indígenas às terras é anterior à criação do Estado e que, por isso, não deve ser definido por nenhum marco temporal. Lembrou que a Constituição define os direitos indígenas como fundamentais e diz que os povos têm "direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam".

    **Alexandre de Moraes, com tese divergente**

    O ministro foi contra a instituição de um marco temporal, mas abriu a possibilidade da criação de condicionantes para a demarcação de terras -como no caso da Raposa Serra do Sol-, dentre elas, a indenização de quem ficaria sem a área para que o território fosse delegado aos indígenas.

    **Cristiano Zanin**

    Indicado por Lula disse que está na hora de aprimorar a interpretação constitucional acerca do tema, "reconhecendo-se de forma explícita o acolhimento da teoria do indigenato e proibindo-se qualquer retrocesso que reduza a proteção constitucional aos povos originários".

    **Luís Roberto Barroso**

    Afirmou que extraiu do caso da Raposa Serra do Sol a visão de que não existe um marco temporal fixo e inexorável para as demarcações. Para ele, a ocupação tradicional também pode ser demonstrada pela persistência na reivindicação de permanência na área por mecanismos diversos.

    **Dias Toffoli**

    Ministro disse que proteção constitucional aos direitos de indígenas sobre as terras independe da existência de um marco temporal em 5 de outubro de 1988. "Estamos a julgar a pacificação de uma situação histórica."

    **Luiz Fux**

    Ministro afirmou que as terras indígenas têm a proteção do estado, ainda que não tenham sido demarcadas.

    A FAVOR

    **Nunes Marques**

    Indicado por Bolsonaro, ele divergiu do relator e afirmou, em seu voto, que o marco cria segurança jurídica para as demarcações. Ele seguiu o entendimento criado no julgamento da terra Raposa Serra do Sol, que instituiu a tese pela primeira vez no Supremo

    **André Mendonça**

    O ministro defendeu que, caso o marco temporal não exista, haveria prejuízo à sociedade, porque retiraria "qualquer perspectiva de segurança jurídica" a respeito das demarcações. "Descortina-se a possibilidade de revolvimento de questões potencialmente relacionadas a tempos imemoriáveis", declarou.
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    Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia a queda da taxa Selic
    Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) conclui hoje, em Brasília, a sexta reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Por causa da forte queda da inflação nos últimos meses, o órgão deve reduzir a Selic, atualmente em 13,25% ao ano, para 12,75% ao ano. Esse será o segundo corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. No comunicado da última reunião, no início de agosto, o Copom informou que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, cortes de 0,5 ponto percentual nos próximos encontros.

    Segundo a edição mais recente do Boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica realmente cairá 0,5 ponto percentual, embora algumas instituições projetem corte de até 0,75 ponto. A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre o ano em 11,75% ao ano.

    Na ata da última reunião, o órgão também informou que a evolução do cenário econômico e a forte queda da inflação permitiram “acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária”. Após uma série de comunicados duros no início do ano, em que não descartava a possibilidade de elevar a Selic, o Copom mudou de tom por causa do comportamento dos preços. Apesar do recuo da inflação, o Copom informou que alguns preços ainda estão subindo ou caindo menos que o previsto. De acordo com o órgão, a autoridade monetária reduzirá os juros de forma conservadora.

    O Copom deve reduzir a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual hoje, segundo o Goldman Sachs. Para o banco americano, o colegiado deve sinalizar que manterá esse ritmo de cortes ao menos na reunião seguinte, em 1º de novembro. “Esperamos que o Copom mantenha uma barra relativamente alta para acelerar o ritm

    Na ONU, Lula homenageia vítimas de catástrofes e defende causas humanitárias - Itiruçu Notícias
    Solidariedade às vítimas das recentes catástrofes no Rio Grande do Sul, Marrocos e Líbia, defesa à igualdade de gênero e aos direitos de grupos LGBTQI+, a importância da liberdade de imprensa, o combate ao feminicídio e o desenvolvimento sustentável foram alguns dos temas ressaltados nesta terça-feira (19/9) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede da ONU, em Nova York.

    “Desejo expressar minhas condolências às vítimas do terremoto no Marrocos e das tempestades que atingiram a Líbia. A exemplo do que ocorreu recentemente no estado do Rio Grande do Sul no meu país, essas tragédias ceifam vidas e causam perdas irreparáveis. Nossos pensamentos e orações estão com todas as vítimas e seus familiares”, disse Lula.
     
    O presidente brasileiro também fez questão de ressaltar a memória do diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que perdeu a vida juntamente com outros 21 funcionários da ONU durante um atentado em Bagdá em agosto de 2002. “Presto minha homenagem ao nosso compatriota Sérgio Vieira de Mello e 21 outros funcionários desta Organização, vítimas do brutal atentado em Bagdá, há 20 anos”

    IGUALDADE - Lula evocou a memória de outra importante diplomata, educadora, bióloga e ativista brasileira, Bertha Lutz, falecida em 1976, ao tratar da importância dada por este governo à igualdade de gênero no Brasil.

    “Inspirados na brasileira Bertha Lutz, pioneira na defesa da igualdade de gênero na Carta da ONU, aprovamos uma lei que torna obrigatória a igualdade salarial entre mulheres e homens no exercício da mesma função”, lembrou o presidente.

    Ele também afirmou que o Brasil atuará com vigor no combate à violência contra as mulheres e na defesa das pessoas LGBTQI+, bem como das pessoas com deficiência. “Combateremos o feminicídio e todas as formas de violência contra as mulheres. Seremos rigorosos na defesa dos direitos de grupos LGBTQI+ e pessoas com deficiência”.

    LIBERDADE DE IMPRENSA – Outro ponto ressaltado por Lula foi a liberdade de imprensa. Nesse tema, o líder brasileiro prestou solidariedade ao jornalista Julian Assange, fundador do site WikiLeaks e que está preso desde 2019 em Londres.
     
    “É fundamental preservar a liberdade de imprensa. Um jornalista, como Julian Assange, não pode ser punido por informar a sociedade de maneira transparente e legítima. Nossa luta é contra a desinformação e os crimes cibernéticos. Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos”, destacou o presidente Lula.
     
    DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL – O presidente Lula também frisou o compromisso brasileiro com o desenvolvimento sustentável e os trabalhos do país em prol da igualdade racial.

    “No Brasil, estamos comprometidos a implementar os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, de maneira integrada e indivisível. Queremos alcançar a igualdade racial na sociedade brasileira por meio de um décimo oitavo objetivo que adotaremos voluntariamente”.
     
    Os objetivos do desenvolvimento sustentável listados pela ONU são: erradicação da pobreza; fome zero e agricultura sustentável; saúde e bem-estar; educação de qualidade; igualdade de gênero; água potável e saneamento; energia limpa e acessível; trabalho decente e crescimento econômico; indústria inovação e infraestrutura; redução das desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; consumo e produção responsáveis; ação contra a mudança climática; vida na água; vida terrestre; paz, justiça e instituições eficazes; e parcerias e meios de implementação.
     
    Lula lembrou ainda dois programas implantados no Brasil que atuam em torno desse desafio: Brasil sem Fome e Bolsa Família. “Lançamos o Brasil sem Fome, que vai reunir uma série de iniciativas para reduzir a pobreza e a insegurança alimentar. O Bolsa Família se tornou referência mundial em programas de transferência de renda para famílias que mantêm suas crianças vacinadas e na escola”.
     
    DE VOLTA – O discurso desta terça-feira marcou a oitava participação do presidente Lula na Assembleia Geral da ONU. Ao longo de seus dois mandatos anteriores, ele participou do evento todos os anos entre 2003 e 2009 e apenas em 2010 foi representado pelo então ministro das Relações Exteriores e atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim. Para ele, o retorno é retrato da pujança da democracia no Brasil.

    “Se hoje retorno na honrosa condição de presidente do Brasil, é graças à vitória da democracia em meu país. A democracia garantiu que superássemos o ódio, a desinformação e a opressão. Nossa missão é unir o Brasil e reconstruir um país soberano, justo, sustentável, solidário, generoso e alegre. O Brasil está se reencontrando consigo mesmo, com o mundo e com o multilateralismo. Como não me canso de repetir, o Brasil está de volta”, concluiu o presidente brasileiro.

    » Íntegra do discurso do presidente Lula

    Detran atende solicitação do Deputado Hassan e fará mutirão PcD em Jequié - Itiruçu Notícias
    Atendendo solicitação do deputado estadual Hassan (PP), o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), vai realizar mutirão PcD no município de Jequié, para atender a demanda reprimida de emissão da primeira habilitação (CNH) especial e renovação do documento, além da identificação das adaptações necessárias nos veículos. ”Esse evento, que tem grande importância tanto social quanto humanitária, será realizado nos dias 19 e 20 de outubro desse ano”, informou Hassan após audiência com o diretor do Detran, Rodrigo Pimentel e com o diretor de Habilitação, Max Passos, quando a data do mutirão foi definida.

    O parlamentar agradeceu ao executivo do Detran, destacando sua sensibilidade, visto que “a realização do mutirão PcD em Jequié vai evitar que centenas de pessoas da região com necessidades especiais tenham que se deslocar para Salvador para realizar a perícia obrigatória para emissão da CNH, procedimento que hoje só é realizado na capital baiana”, pontuou. Ele avaliou que “esses deslocamentos geram inúmeros transtornos, dificuldades de mobilidade e custos desnecessários”.

    Hassan informou ao diretor do Detran que, visando a interiorização do atendimento às pessoas com deficiência, encaminhou indicação ao governador Jerônimo Rodrigues e ao titular do Departamento de Trânsito, solicitando a criação de núcleos especiais para realização das perícias nos municípios de Jequié, Eunápolis, Itabuna, Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus, Vitória da Conquista, Santa Maria da Vitória, Barreiras, Juazeiro, Alagoinhas e Guanambi, para facilitar o acesso de pessoas com deficiência (PcD) às perícias obrigatórias para emissão da CNH especial. O deputado explicou que esses municípios estão em pontos estratégicos e atenderão a vários territórios.

    CCJ aprova projeto de Pedro Tavares que visa implementar energia solar nas escolas públicas do estado - Itiruçu Notícias
    A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa da Bahia aprovou por unanimidade o projeto de lei 22063/2016, de autoria do deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil), que determina a instalação de painéis de captação de energia solar fotovoltaica e energia solar térmica, nas escolas públicas do estado. O objetivo é estimular a política de preservação do meio ambiente, sustentabilidade, além da economia financeira. O deputado tem expectativa de que a proposta avance para que seja votada em plenário.

    Conforme o projeto, devem ser incluídos nos projetos das novas escolas e ou reforma e readaptação dos prédios públicos escolares da Bahia à instalação de painéis de energia solar. O parlamentar justifica as características da energia solar e os seus benefícios, lembrando que é uma energia “ecologicamente limpa, não poluente, racional, extremamente confiável, que não faz uso de qualquer tipo de combustível poluidor, que não agride ao meio ambiente e, sobretudo de forma inesgotável, gratuita e de fácil utilização”.

    “Esta fonte de energia nas escolas públicas da Bahia será uma alternativa muito promissora para enfrentar os desafios da expansão energética, com menor impacto ambiental e também trazendo redução de custos aos cofres públicos” , afirmou.

    Municípios baianos tem corte de quase 30% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) - Itiruçu Notícias
    Municípios baianos foram surpreendidos neste mês de setembro com um corte de quase 30% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM), maneira como a União repassa verbas. No mês de agosto, o repasse do fundo já havia registrado queda de 7,95% na base anual. 

    A Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou um levantamento que mostra que o montante do primeiro decêndio do FPM em setembro teve uma queda nominal de 28,22% em relação ao mesmo período do ano anterior, agravando ainda mais a crise enfrentada pelos municípios.

    Diante das reduções, a União dos Municípios da Bahia (UPB) convocou uma reunião de emergência nesta segunda-feira (11) para alinhar ações junto ao Governo Federal e ao Congresso. 

    No último dia 30 de agosto, prefeituras de 16 estados, entre eles a Bahia, realizaram paralisação de 24 horas para chamar atenção sobre a queda de receitas. O FPM é a principal fonte de receita para cerca de 80% dos municípios baianos. "Tem sido muito difícil para os municípios arcar com folha de pessoal, fornecedores e serviços com as receitas em queda livre. 

    Tudo subiu, a inflação continua alta e as demandas por serviço só crescem. Ou se faz uma ajuda emergencial aos municípios ou chegaremos ao final do ano com o completo caos administrativo", avalia a UPB. 

    O gestor estendeu o convite para reunião aos presidentes de Associações Municipalistas do Norte e Nordeste, que devem sinalizar por mobilizações conjuntas para pressionar a União e o Congresso Nacional por uma solução.


    Vereador é punido por comparar  a primeira-dama  a uma cadela - Itiruçu Noticias
    O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Itabuna aplicou uma punição ao vereador Danilo Freitas, mais conhecido como Danilo da Nova Itabuna (União Brasil), na última terça-feira (5). O vereador foi sancionado por comparar a primeira-dama da cidade, Andrea Castro, a uma cadela.

    A punição estabelecida dura 90 dias, durante os quais Danilo da Nova Itabuna está proibido de se pronunciar nas sessões no plenário da Câmara. Esta medida se estenderá até o dia 11 de dezembro deste ano. O Conselho condenou firmemente a conduta do vereador, caracterizando-a como “desrespeitosa e ofensiva”.

    Além disso, como parte das medidas disciplinares, Danilo terá que redigir uma retratação pública. Esta retratação deverá ser lida na Câmara Municipal e também compartilhada nas redes sociais. A leitura das penalidades foi feita pelo presidente da Câmara, Erasmo Ávila (PSD).

    Em entrevista a um blog local, Danilo da Nova Itabuna pediu desculpas à primeira-dama e a todas as mulheres de Itabuna. Ele reconheceu seu erro, mas também declarou que não ficará em silêncio diante da punição imposta.

    Esta decisão destaca a importância de manter o decoro e o respeito nas esferas do poder legislativo e reforça os valores de ética e respeito na condução da política municipal.

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