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Quanto aos ambientes públicos, entre as 2.362 prefeituras que responderam a esse questionamento, 88,6% (2.093) mantêm a obrigatoriedade da proteção facial e apenas 10,7% (252) não estão mais exigindo o uso de máscaras em lugares públicos. A pesquisa também aponta que 90,7% (2.143) dos gestores vão manter a obrigatoriedade da máscara em determinados ambientes mesmo com toda população vacinada.
A 31ª edição da pesquisa, que passa a ser quinzenal, mostra ainda os seguintes cenários: falta de vacinas; distribuição e aplicação dos imunizantes; e falta de imunizantes para a dose de reforço. Quando o assunto é disponibilidade de imunizantes, a última semana registrou o melhor quadro até o momento, pois apenas 336 (14,2%) Municípios afirmaram ter ficado sem vacinas, enquanto 2.014 cidades (85,3%) disseram que a vacinação ocorreu normalmente.
Dentre os que relataram a falta de imunizantes, a escassez para aplicar a primeira dose afetou 176 localidades (52,4%). Já 168 Municípios (7,1%) relataram falta de vacinas para a dose de reforço; as vacinas da Pfizer e da Astrazeneca faltaram em 114 (85,7%) e 48 (28,6%) desses Municípios, respectivamente.
De acordo com a pesquisa, em 2.003 (84,8%) dos pesquisados, a quantidade de vacinas distribuída está adequada, porém, 218 gestores (11,9%) afirmaram terem recebido mais imunizantes do que o necessário. Sobre o passaporte da vacina, 380 Municípios (16,1%) já editaram decreto ou norma similar com a obrigatoriedade da vacinação para frequentar espaços coletivos públicos. Em 1.933 cidades (81,8%) não existem tais medidas.
A Portaria MPF/BA nº 349, que regulamenta o acesso às sedes, foi publicada nesta sexta-feira, dia 12 de novembro. A medida atende às Portarias PGR/MPF nº 110 e PGR/MPF nº 112, da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O controle de acesso abrange desde membros, servidores, estagiários e terceirizados, até advogados, prestadores de serviços e visitantes em geral. Aqueles que quiserem acessar as sedes devem apresentar nas recepções comprovantes do esquema vacinal completo.
Certificado de vacinação – Para atestar a imunização serão considerados o cartão de vacinação (impresso em papel timbrado) ou o certificado digital do Conecte SUS, plataforma do Sistema Único de Saúde (https://conectesus.saude.gov.br/home).
A comprovação de vacinação não exclui a obrigatoriedade de obediência aos protocolos sanitários de prevenção ao coronavírus.
Casos excepcionais – Menores de 12 anos de idade, salvo divulgação de protocolo em sentido contrário pelo Ministério da Saúde (MS), não precisam de comprovante de vacinação para acesso ao MPF/BA.
Os maiores de 12 anos, não vacinados, também poderão ter acesso às unidades do MPF desde que apresentem:
a) teste RT/PCR ou teste antígeno negativos para COVID-19 realizados nas últimas 72h (setenta e duas horas);
b) ou relatório médico justificando a contraindicação da vacina da covid-19.
As regras adotadas pelo MPF/BA, em linhas gerais, possuem as mesmas exigências de outras instituições públicas federais, com o objetivo do controle da transmissibilidade do Sars-CoV-2, preservando a saúde e a segurança não só das pessoas que trabalham nas sedes, mas de todos os que ingressam nesses locais. Confira Íntegra da Portaria MPF/BA nº 349
Ainda segundo a 30ª edição do levantamento semanal, cerca de 60% (1.019) dos gestores municipais pretendem manter a obrigatoriedade do uso do item de proteção mesmo com o avanço da vacinação e que toda a população esteja imunizada. Outros 36% (613) afirmaram que ainda não se decidiram sobre o tema e apenas 2,5% (43) disseram que pretendem retirar a obrigatoriedade do item no cenário em que todos estejam vacinados. A grande maioria dos Municípios - ou 98,1% (1.670) - afirma manter os avisos e comunicados sobre a necessidade e importância da utilização da máscara de proteção.
A obrigatoriedade da vacinação para frequentar espaços coletivos é realidade em 14,2% (242) dos Entes municipais que responderam à pesquisa, enquanto em 83% (1.413) dos Municípios participantes não há regramento em relação à imunização contra a doença. As medidas de restrição de circulação por conta do coronavírus ainda é uma prática em 55% (936) das administrações municipais; outros 38,7% (659) dos gestores locais já não mantêm mais as medidas de restrição.
A declaração foi na live semanal, quinta-feira passada (21). O presidente Jair Bolsonaro disse que relatórios oficiais do Reino Unido teriam sugerido que pessoas totalmente vacinadas contra a Covid estariam desenvolvendo a Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, a Aids, muito mais rápido do que o previsto. Ele não deu detalhes sobre a associação entre a Aids e a vacina, que não tem nenhum respaldo científico.
Em nota, o comitê de HIV/Aids, da Sociedade Brasileira de Infectologia, declarou que não se conhece nenhuma relação entre qualquer vacina contra a Covid e o desenvolvimento de Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; reforçou que pessoas com HIV/Aids devem ser completamente vacinadas contra a Covid; e repudiou toda notícia falsa que faça menção a essa associação.
A mensagem falsa foi publicada por um site conspiracionista inglês que já publicou outras notícias sem fundamento sobre a vacina.
Segundo informações do G1, o Departamento de Saúde e Assistência Social do Reino Unido afirmou que o site propaga fake news e teorias da conspiração e disse que a história não é verdadeira.
Zahraa Vindhani, oficial de comunicação da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido, também afirma que "as vacinas contra a Covid não causam Aids". "A Aids é causada pelo HIV", enfatizou.
Em nota o Unaids, ligado à ONU, também repudiou as declarações. Disse que as
vacinas são a forma mais eficaz de controle da pandemia; assegurou que
não há evidência de associação entre a imunização contra Covid e ter
mais risco para adoecer em decorrência da Aids; e que as formas de
transmissão do HIV são bem conhecidas e a vacina não é uma forma de
transmissão possível. Veja nota na integra:
— O UNAIDS vem a público para esclarecer que as vacinas aprovadas pela ANVISA e disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) são a forma mais eficaz de controle da pandemia de COVID-19.
Aconselhamos a todas as pessoas que vivem com HIV e tenham tomado a 2ª dose em 28 dias ou mais a buscar a dose de reforço, disponível em um posto de saúde mais próximo à sua residência, segundo Nota Técnica do Ministério da Saúde N043/2021-SECOVID/GAB/SECOVID/MS.
Também asseguramos que não há evidência científica de associação entre receber a imunização completa e ter mais risco para adoecer em decorrência da AIDS.
As formas de transmissão do HIV são bem conhecidas e detalhadas em literatura médica disponível e a vacina não é uma forma de transmissão possível.
Reforçamos que o estigma e a discriminação relacionados ao HIV são um dos combustíveis da desigualdade e ainda hoje são a maior barreira de acesso a todas as tecnologias biomédicas disponíveis em território nacional.
Evitar a AIDS é possível, conhecendo o seu diagnóstico e buscando iniciar o mais rápido possível o tratamento com medicamentos antirretrovirais. Ao alcançar a supressão viral, conhecida como carga viral indetectável, a quantidade de vírus existente no organismo baixa ao ponto de se tornar intransmissível. A pessoa vivendo com HIV pode e deve, portanto, levar uma vida saudável, livre de preconceitos e estigmas.
Mais uma vez o presidente tentando desqualificar a vacina contra a Covid19 distorceu os fatos. nesta segunda-feira (25) uma reportagem da revista Exame e culpou a imprensa pela divulgação da fake news.
"A revista Exame fez uma matéria sobre vacina e Aids. Eu repeti essa
matéria na minha live, dois dias depois a Exame falou que eu falei fake
news. Foi a própria Exame que falou da relação de HIV com vacina, eu
apenas falei sobre a matéria da revista Exame. E dois dias depois a
Exame me acusa de ter feito fake news sobre HIV e vacina. A gente vive
com isso o tempo todo", disse Bolsonaro.
No entanto, há uma série de distorções feitas por Bolsonaro na reportagem da revista.
Primeiro, ele não disse na live que a reportagem em questão foi publicada em outubro de 2020, há mais de um ano. O conteúdo da revista tampouco cita qualquer documento oficial do governo britânico.
O site da revista fez reportagem baseada em uma carta publicada no periódico científico The Lancet em 19 de outubro de 2020. Nessa correspondência, um grupo de quatro cientistas expressa preocupação pelo fato de algumas vacinas pesquisadas contra a Covid usarem um tipo específico de adenovírus, o adenovírus 5, que, no passado, em estudos para uma vacina contra o HIV, foi usado como vetor viral.
Os quatros autores da carta relatam que esses antigos estudos para uma possível vacina contra o HIV indicaram que voluntários homens vacinados nos testes teriam um risco aumentado de adquirir o HIV. Em nenhum momento, os pesquisadores disseram que isso também seria notado necessariamente para as vacinas contra Covid-19 que usassem o adenovírus 5, mas, sim, que essa informação deveria servir de alerta aos criadores dos imunizantes.
"Até agora, não se comprovou que alguma vacina contra a covid-19 reduza a imunidade a ponto de facilitar a infecção em caso de exposição ao vírus [do HIV]", diz a mesma reportagem.
Carlos Lula, presidente do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), também criticou a fala de Bolsonaro. Segundo ele, a live foi absurda, trágica, falsa, mentirosa e grotesca.
"Mais do que isso, ela impõe um ônus aos portadores de HIV. Mais um capítulo lamentável dessa sucessão de absurdos do presidente durante o enfrentamento da pandemia", completou Lula, que é secretário de Saúde do governo do Maranhão.
Os estudiosos fizeram uma análise dos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde sobre 67,7 mil pessoas que morreram de covid-19 em 2020, parcela que representa cerca de um terço dos óbitos no período. Foram consideradas pessoas entre 18 e 65 anos com ocupação profissional na área da saúde.
O estudo também indicou que as chances de morrer por covid-19 é maior para mulheres negras do que para as brancas, sendo que as que trabalham em serviço doméstico têm 112% mais chances de perder a vida por conta de complicações provocadas pelo coronavírus.
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— Pensávamos que a mortalidade de negros era maior por conta das atividades mais expostas ao vírus, mas nem sempre isso é verdade — destacou à Folha o sociólogo Ian Prates, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento e coordenador do grupo que realizou a pesquisa.
Em números absolutos, houve mais mortes em grupos ocupacionais que são grandes empregadores, como comércio e serviços (6.420), agricultura (3.384) e transportes (3.367). De acordo com o estudo, para homens negros, os riscos enfrentados são maiores do que os enfrentados pelos brancos em todas as atividades, com exceção da agricultura.
Entre os números de óbitos, os pesquisadores não encontraram diferenças relevantes entre as mulheres negras que estão na "base da pirâmide" e para as que ocupam cargos de nível superior, pois são poucas as que estão nessa área. Segundo o estudo, a única exceção nesse padrão é para as enfermeiras, cujo risco de morte é 23% maior do que homens brancos.
— O fato do risco ser maior até para quem exerce profissões de nível superior mostra o tamanho da tragédia. Isso sugere que mesmo os negros que ascenderam profissionalmente continuam expostos a fatores de risco que aprofundam as desigualdades — conclui Prates.