O presidente Jair Bolsonaro compartilhou em seu Twitter, na última segunda-feira, dia 28, um vídeo em que aparece como um leão cercado de hienas e outras espécies inimigas.
O vídeo nomeava um a um os que adversários que tentam devorar o rei da selva, salvo por um pedido animalesco de apoio irrestrito à sua majestade. Estão lá o STF, a CNBB, os jornais, os partidos políticos, inclusive o PSL, pelo qual foi eleito.
A montagem, que logo saiu do ar, foi veiculada após nova leva de áudios atribuídos a Fabrício Queiroz, o incômodo ex-PM e ex-faz-tudo do gabinete de Flávio Bolsonaro acusado de movimentar dinheiro suspeito e comandar um esquema de “rachadinha” no gabinete do então deputado estadual do Rio.
A rachadinha é como é conhecida a prática de nomear funcionários-fantasmas e morder parte do salário para enriquecimento próprio. Entre esses funcionários suspeitos estão parentes de milicianos, da ex-mulher do presidente e até a filha de Queiroz, que batia cartão em Brasília enquanto trabalhava como personal trainer na capital fluminense.
A publicação causou mal-estar entre ministros do Supremo. Nos bastidores, alguns ministros classificaram a publicação como infantil e, com ironia, disseram que o governo precisa chegar à vida adulta.
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) admitiu que errou e se desculpou nesta terça-feira (29) pelo vídeo com hienas e leões publicado em uma rede social na véspera. O conteúdo foi apagado pouco tempo depois, após repercussão negativa
"Me desculpo publicamente ao STF, a quem por ventura ficou ofendido. Foi uma injustiça, sim, corrigimos e vamos publicar uma matéria que leva para esse lado das desculpas. Erramos e haverá retratação", disse Bolsonaro ao jornal O Estado de S. Paulo durante viagem à Arábia Saudita.
Imagens extraída do vídeo
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