Victor Junqueira, de 24 anos, é protagonista de mais um infeliz caso em que o homem não aceita o término de um relacionamento e, por isso, passa a agredir a companheira Luciana Sinzimbra. O piloto, filho de um ex-prefeito de Anápolis (GO), foi gravado espancando e tentando asfixiar a ex-namorada, uma advogada de 26 anos, por não aceitar o fim da relação.
No vídeo, o rapaz aparece agredindo brutalmente a ex-companheira. A advogada, que filmou os ataques, pede para que o ex-namorado pare, com medo de ser morta. “Para de me bater. Você vai me matar desse jeito”, implora a vítima.
As agressões acontecem por diversas vezes e são acompanhadas por mais ameaças do piloto. “Vou bater mais porque você é fingida. Me enganou esse tempo todo”, diz ele no vídeo.
A gravação se espalhou na internet e fez com que Victor deletasse todos os seus perfis em redes sociais. A vítima registrou um boletim de ocorrência e o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Atendimento à mulher (Deam).
Responsável pelo inquérito que indiciou o piloto Victor Augusto Amaral Junqueira – acusado de agredir a namorada Luciana Sinzimbra em Goiânia (GO),, a delegada Ana Elisa Gomes Martins disse ao Metrópoles que o depoimento da vítima, o exame pericial e os vídeos do caso são muito fortes e ajudaram a embasar as decisões para a conclusão das investigações. Para ela, “contra [esses] fatos não há argumentos”.
Victor Junqueira foi indiciado por lesão corporal, ameaça, injúria e violação de domicílio. A pena máxima para os crimes pode chegar a 4 anos e 6 meses de detenção. Assim que a justiça retornar do recesso, o processo será distribuído a um dos quatro juizados da mulher do estado.
Ana Elisa, que comanda a principal Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) do Goiás, disse que Luciana Sinzimbra compareceu à unidade policial um dia após a agressão. Cercada de amigos, estava insegura sobre o depoimento.
“Ela está muito triste, não foi ela quem promoveu a divulgação do vídeo. Ela [Luciana] está sofrendo muito com isso. Não gostaria de ter a imagem exposta, sua identidade. Compreendo isso”, explicou a delegada.
Pelas circunstâncias das agressões, a responsável pelo caso disse que não houve motivos para pedir a detenção provisória do suspeito. “Para isso teria que ter fundamentos que justificassem [a prisão]. [Como, por exemplo] Que ele de alguma forma estivesse atrapalhando as investigações, que estivesse praticando outros crimes contra a vítima e estivesse descumprindo as medidas protetivas ou fugindo”, acrescentou.
Já o depoimento de Victor Junqueira, segundo a delegada, ocorreu no dia 21 de dezembro. Ele compareceu à Deam acompanhado de um advogado e chorou bastante.
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