Depois de “ameaçadoras e depreciativas” de Bolsonaro Cuba chama de volta os médicos
O Ministério da Saúde Pública de Cuba anunciou na quarta-feira (14/11) que o país não participará mais do programa lançado no governo de Dilma Rousseff (PT). Segundo o órgão, a saída dos médicos do país foi decidida após declarações “ameaçadoras e depreciativas” feitas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).
Em contrapartida, Bolsonaro afirmou que dará asilo aos cubanos que pedirem para permanecer no Brasil. “Nós temos que dar asilo às pessoas que queiram. Não podemos continuar ameaçando, como no governo passado. Quando eu for presidente, o cubano que quiser asilo aqui, vai ter“, disse.
O principal objetivo do programa é aumentar a oferta de médicos no interior do Brasil. A FNP (Frente Nacional de Prefeitos) se manifestou. Em carta a Bolsonaro, os chefes municipais afirmaram que a saída de médicos cubanos pode trazer “irreparáveis prejuízos à saúde da população”.
Em comunicado s prefeitos enfatizaram que as perdas maiores serão para os mais pobres. Eles pediram que o futuro ocupante do Palácio do Planalto reveja posição e mantenha, em caráter emergencial, as atuais condições.
No total, são 8.332 cubanos trabalham no programa. Os Estados do Nordeste concentram 2.817 (33,8%). A região Sudeste vem logo atrás, com 29% dos profissionais (2.420 médicos).
Os Estados brasileiros que têm o maior número de cubanos atuando pelo programa Mais Médicos são Bahia e São Paulo, com 822 e 1.394 dos profissionais, respectivamente.
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