O peixe era abundante e barato, por isso comum nas refeições dos mais humildes
Em uma época que povo vivia em terras alheias e a carne vermelha era consumida só em banquetes, nas cortes e nas residências dos nobres. A carne tornou-se, então, símbolo da gula, associado ao pecado. Dessa forma, a Igreja orientava os fiéis a comerem carne à vontade antes da quaresma o que deu origem aos banquetes chamados “carne vale” que muitos anos depois se tornou o carnaval. Depois se absterem de carne, durante os 40 dias que antecediam a Páscoa.
O peixe não chegou a entrar na lista da abstinência, isto porque, na época, a carne era artigo de luxo, rara à
mesa das pessoas mais pobres. O peixe, por outro lado, era abundante e
barato, por isso comum nas refeições dos mais humildes. Diferente nos tempos atuais.
Com o passar dos séculos, a carne deixou de estar presente somente nos banquetes e perdeu seu caráter simbólico de pecado, mas a tradição continuou principalmente na sexta-feira da Paixão.
No Brasil e em alguns países europeus, o peixe Gadus morhua, conhecido como Bacalhau, é um dos mais consumidos nesta época do ano.
Mas há muitas interpretação pois o peixe assim como outros animais, têm sistema nervoso complexo e são plenamente capazes de sentir dor e desespero. Quando são retirados da água e mortos por asfixia e golpes de faca, é exatamente isso que eles sentem: dor e desespero.
Se respeitar o sacrifício de Jesus Cristo descrito na Bíblia inclui não
causar sofrimento a quem quer que seja, o consumo de peixes, bois,
gatos, galinhas, porcos, cachorros, baleias e qualquer outro animal
deveria ser revisto em todos os dias do ano.
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