A vítima foi identificada como Raquel Silva dos Santos, de 37 anos, moradora de Maracás e esposa de um sargento da Polícia Militar da Bahia.
Segundo informações preliminares, ela retornava de uma viagem quando o veículo em que estava capotou às margens da rodovia. O Instituto Médico Legal (IML) foi acionado e realizou a remoção do corpo.
As circunstâncias do acidente ainda serão apuradas pelas autoridades competentes.
A presença de Rui Costa, um dos principais articuladores políticos do governo federal, ao lado de Jerônimo, reforça a importância estratégica do gesto de Zé Cocá, que rompeu com a base em 2022 ao seguir a orientação do seu partido, o PP, rumo à oposição. Desde então, o governo tem buscado reatar laços com o prefeito, que segue como uma das principais lideranças políticas do sudoeste baiano.
A programação, que começa nesta quinta-feira (10) e segue até domingo (13), segue o formato adotado por Jerônimo de passar vários dias nos municípios, fortalecendo o vínculo entre o governo estadual e as comunidades do interior. Além de Jequié, a comitiva passará por Dário Meira e Encruzilhada, com entrega de equipamentos, visitas a obras, encontros com empresários e lideranças locais, além de anúncios de novos investimentos em áreas como saúde, educação, infraestrutura e segurança pública.
A convite direto do governador, Zé Cocá deve acompanhar toda a agenda — inclusive fora dos limites de Jequié — ao lado de Rui Costa e Jerônimo, em mais um sinal claro de que as pontes entre o prefeito e o governo estadual estão sendo reconstruídas. Em janeiro deste ano, Zé Cocá já havia sido recebido por Jerônimo em Salvador, após longa espera por uma audiência solicitada ainda em 2023. O gesto desta semana pode ser decisivo para consolidar sua reintegração ao grupo governista e projetá-lo ainda mais fortemente para o cenário de 2026.
De acordo com reportagem do G1, o equívoco veio à tona quando Abel solicitou um documento no cartório local e foi surpreendido com a informação de que havia um registro oficial de casamento em seu nome com Fábia, que na verdade é casada com Acel desde 2012.
A confusão, segundo a família, pode ter sido causada pela semelhança entre os nomes dos irmãos e por outros fatores: ambos possuem os mesmos sobrenomes, nasceram em Biritinga e fazem aniversário no mês de agosto — Abel no dia 16 de 1981 e Acel no dia 15 de 1986.
Apesar de já terem vivido algumas situações cômicas devido à semelhança de seus dados, os irmãos não imaginavam enfrentar algo tão inusitado. Fábia e Acel atualmente vivem em Abrantes, distrito de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador, e, desde que descobriram o erro há quatro anos, têm feito viagens frequentes a Serrinha para tentar resolver o problema no cartório. Até o momento, a situação ainda não foi regularizada.
Casal Fábia e Acel no dia do casamento, em Biritinga, no interior da Bahia — Foto: Arquivo pessoal
Então, o que fazer quando um dos cônjuges quer o divórcio e o outro não aceita?
Essa situação é mais comum do que se pensa, e só pode ser solucionada pela via judicial, por meio do divórcio litigioso.
Acontece que, por falta de informação ou conhecimento, há casais que pensam que depende da concordância do cônjuge para a dissolução do casamento.
Mas a verdade é que, quando um dos cônjuges decide se divorciar, basta a manifestação de sua vontade, independente da concordância da outra parte.
Com justiça e bom senso, a legislação brasileira firmou que o único requisito para a decretação do divórcio é a inequívoca vontade de um dos cônjuges de pôr fim à sociedade conjugal.
Ou seja, o divórcio tornou-se um direito potestativo incondicionado, consolidado em norma constitucional, que pode ser invocado por um dos cônjuges, cabendo ao outro apenas aceitar!
Concebida pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família, em parceria com o então deputado federal Sérgio Carneiro, a Emenda Constitucional 66/2010 deu nova redação ao parágrafo 6º do artigo 226 da Carta Magna e introduziu o divórcio direto no ordenamento jurídico brasileiro, abolindo o instituto da separação judicial.
A emenda pôs fim a longos prazos para dissolução do casamento civil que, à época, só era possível depois de um ano de efetiva separação ou caso fosse comprovado o fim da união há pelo menos dois anos.
Desse modo, e acertadamente, o divórcio passou a depender apenas de um requisito: a manifestação de vontade de um dos cônjuges.
Então, não é mais possível a interferência estatal na autonomia da vontade privada, proporcionando a dissolução do casamento pelo divórcio imediato, independentemente de culpa, motivação ou da prévia separação judicial.
No Brasil, não é possível negar o divórcio se uma das partes expressa o desejo de se separar. A legislação brasileira reconhece que o casamento deve ser uma escolha consensual entre os cônjuges e, por isso, um dos parceiros não pode ser forçado a permanecer em um relacionamento indesejado.
Demonstrado está, portanto, que basta um dos cônjuges valer-se do poder jurídico e manifestar sua vontade pela extinção da união, independentemente do tempo que tenha durado. Desse modo, caberá ao outro cônjuge apenas a sujeição à decretação do divórcio litigioso.
Importante destacar que o Código Processual Civil validou o instituto do julgamento antecipado parcial do mérito, uma das mais importantes novidades do novo CPC, tornando possível a decretação do divórcio direto antes mesmo da sentença final.
E o Enunciado 18 do Instituto Brasileiro de Direito de Família determina que nas ações de divórcio e de dissolução da união estável, a regra deve ser o julgamento parcial do mérito (art. 356 do Novo CPC), para que seja decretado o fim da união conjugal, seguindo a demanda com a discussão de outros temas.
E a Súmula 197 do Tribunal Superior de Justiça deixa claro que o divórcio direto pode ser concedido sem que haja prévia partilha dos bens, entendimento acolhido pela legislação infraconstitucional, no artigo 1.581 do Código Civil, que deve ser extensivamente interpretado, como desnecessária a instrução processual para a extinção do vínculo matrimonial, por ser direito potestativo das partes.
Em se tratando de direito postetativo incondicionado, como no caso de divórcio litigioso, a legislação estabelece que o contraditório fica dispensado, como se compreende à vista do artigo 9º do CPC.
O entendimento é de que não se mostra razoável fazer a parte autora esperar o tempo até o contraditório ou a realização de audiência de conciliação se uma das partes já manifestou a sua inequívoca vontade de divorciar-se.
Recebida a petição inicial propondo ação de divórcio litigioso com pedido de antecipação de tutela provisória de evidência, deve o juízo analisar o pedido antecipatório de decretação do divórcio sob a ótica de que tal requerimento não ofende ao princípio do contraditório, vez que manter-se casado é matéria apenas de direito. Quanto às demais questões, a exemplo da guarda de filhos menores, divisão de bens e pensão, se porventura existirem, poderão ser objeto de debate continuado nos próprios autos.
Texto: Josalto Alves é advogado e jornalista
Em nota, os familiares destacaram o legado da comunicadora. "Sua partida deixa um vazio irreparável, mas seu legado de luta, perseverança e paixão pela vida e pela justiça social continuará a inspirar gerações futuras. Para nós, seus familiares, Wanda é referência de alegria, determinação, sensatez, honestidade e competência", diz o comunicado.
Trajetória no jornalismo
Natural do Amazonas, Wanda Chase construiu uma carreira sólida no jornalismo, passando por veículos como o Jornal A Crítica, Rede Manchete, TV Cabo Branco, Rede Globo Nordeste e, por 27 anos, na TV Bahia. Atuou como repórter, editora, colunista e apresentadora, sendo também uma ativa militante do movimento negro, defendendo a visibilidade e inclusão das comunidades afrodescendentes na mídia.
Mesmo após sua aposentadoria, Wanda seguiu atuante no cenário comunicacional, assinando a coluna "Opraí Wanda Chase" no Portal iBahia e desenvolvendo projetos como o podcast "Bastidores com Wanda Chase" e um livro sobre a axé music.
Homenagens e despedida
O velório será realizado na sexta-feira (4), a partir das 13h, no Cemitério do Campo Santo, sala 03, no bairro da Federação, em Salvador.
A Secretaria de Cultura da Bahia lamentou a perda da jornalista e ressaltou que ela seria homenageada com o título de Cidadã Baiana em março deste ano, mas a cerimônia precisou ser adiada devido à sua hospitalização.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também se manifestou, afirmando que "sua partida deixa uma lacuna no jornalismo e na luta por igualdade racial e justiça social".
O músico Carlinhos Brown destacou a importância da jornalista na comunicação e cultura da Bahia. "Seu poder de comunicação era tão forte que, quando ela chegava na TV, até as comidas ganhavam cheiro através das telas. As roupas, a dança, o olhar, o canto africano. E seus resquícios ganhavam profundidade através da sua potência comunicadora e da sua oralidade", escreveu.
A cantora Daniela Mercury também prestou homenagem: "Nossa Rainha Amazonense dos blocos Afro que contribuiu tanto para o jornalismo e a cultura da Bahia, vá em paz. Vá com todas as proteções e todo o axé".
A morte de Wanda Chase deixa uma marca na história do jornalismo baiano, reforçando sua importância na representatividade e na luta por equidade racial no Brasil.
A maior festa do município de Itiruçu, o São Pedro de Itiruçu, já tem 62 anos de tradição. Segundo o professor e historiador Marcos Cesar, o São Pedro de Itiruçu tem origem nos anos 50 do século XX, quando o médico Dr. Antenor Rodrigues Costa concluiu o curso de medicina e foi trabalhar na cidade de Maraú, no Recôncavo da Bahia. No entanto, decidiu mudar-se para outra cidade que tivesse a terminação "u", e a escolhida foi Itiruçu.
Na época, era raro ter médico em cidade pequena, e Dr. Antenor sentiu falta de lazer, pois Itiruçu não oferecia muitas opções. Assim, resolveu reunir a sociedade itiruçuense, e, na reunião, ficou decidido criar um clube social. O senhor Vivaldo Bastos doou um terreno localizado na Rua Presidente Vargas, onde hoje se encontra o Posto de Saúde. Com contribuições em dinheiro e mão de obra, foi erguido o clube, batizado de "Sociedade Lítero Recreativa de Itiruçu" (SLRI), inaugurado em 1956 com grandes festejos. Nesse mesmo ano, teve início a festa de São Pedro, com orquestra e atrações locais. Com o tempo, a celebração tornou-se a festa mais esperada e desejada da cidade. No entanto, era um evento elitizado, restrito à sociedade, e perdurou até 1996.
Em 1982, quando Pedro Pimentel Ribeiro foi eleito para seu segundo mandato como prefeito, tendo Pedro Leite da Silva como vice, decidiram inovar. Como ambos se chamavam Pedro, resolveram homenagear o santo "fazedor" de chuva. Pedro Leite, ex-caminhoneiro, conhecia os festejos juninos do Nordeste, especialmente de Pernambuco e Paraíba, onde as palhoças eram armadas em forma de barracão para as celebrações. Ele trouxe essa ideia para Itiruçu, e, em 1983, foi erguido um barracão ao lado da prefeitura, onde hoje estão os quiosques e a agência dos Correios. Com a ajuda das professoras Ceres Mirian Lira Brasileiro e Carminha Teixeira, foram criadas equipes para organizar atrações para o São Pedro de rua, voltado ao povo humilde.
A festa contou com atrações como a Banda Vera Cruz e Manoelito, que faziam sucesso no interior baiano. Os festejos continuaram durante o governo de Pedro Leite da Silva, que trouxe como atração a Banda Energia, muito popular na época, além das festas no Clube SLRI. No novo mandato de Pedro Pimentel, entre 1993 e 1998, houve grandes mudanças. O barracão foi substituído por um grande palco na Praça Vivaldo Bastos, e a festa foi organizada com o empenho do vice-prefeito Fernando Henrique Souza Andrade, conhecido como "Péduro", e do primeiro sargento Miraldo Fernandes. Essa foi a última edição no centro, pois, no ano seguinte, o evento seria realizado na nova Praça da Feira (Praça Gilberto Scaldaferri). Entre as atrações estavam as bandas Lordão, Vera Cruz e outros grupos regionais e locais.
Com a construção do Mercado Municipal, surgiu uma nova praça para sediar o São Pedro. Em 1998, além das atrações anteriores, o destaque foi a Banda Cacau com Leite, que encantou o público com a música "Volte Logo", tornando-se o hino da festa. Naquele ano, também se apresentou a Banda Episódio, formada por músicos do próprio município.
Em 1997, na administração do prefeito Wagner Novaes, a festa continuou evoluindo. Durante os oito anos de seu governo, modernizou as barracas, instalou banheiros químicos e camarotes e trouxe grandes atrações da música brasileira, como Mastruz com Leite, Magníficos, Calcinha Preta, Mulheres Perdidas, Zé Duarte, Fagner, Flávio José e Cangaia de Jegue, entre outros.
Em 2005, sob a gestão do prefeito Ailton Cezarino, as tradições foram preservadas, e atrações como Edgar Mão Branca, Bonde do Forró, Arrasta Chinela, Saia Rodada, Tayrone Cigano, Companhia do Calypso, Cavaleiros do Forró, Filomena Bagaceira e Limão com Mel animaram nativos e turistas.
Em 2009, com a prefeitura sob o comando de Carlos Martinelli, a tradição continuou, e o público pôde assistir a shows de Amado Batista, Leonardo, Alcimar Monteiro, Netinho do Forró, Paulinha Abelha e Marlus, entre outros.
Em 2013, na administração de Wagner Novaes, grandes artistas continuaram a pisar no palco da festa, com destaques para Elba Ramalho e Daniel Vieira.
Em 2014, pela primeira vez, a prefeitura não organizou o evento. Um grupo de amigos assumiu a realização da festa, que havia sido cancelada devido a dificuldades financeiras da administração municipal. Os empresários Franco Tenise e LK Áudios & Eventos garantiram a continuidade da tradição. Nesse ano, devido à realização da Copa do Mundo no Brasil, a festa foi adiada para os dias 19 e 20 de julho, diferentemente do tradicional último fim de semana de junho ou primeiro de julho.
Entre 2016 e 2024, já na gestão da prefeita Lorenna Di Gregório, o evento contou com grandes atrações nacionais, como Manu Batidão, Solange Almeida, João Gomes, Zé Vaqueiro, Xand Harmonia, Xand Avião, Márcia Felipe, Nathan e outros (em atualização).
O certo é que o crescimento da festa foi reconhecido em toda a região, tornando-se um momento de reencontro entre familiares que aguardam ansiosamente os festejos juninos para celebrar e matar a saudade dos entes queridos.
