O itiruçuense Gabriel Iervese, 22 anos, que foi entrevistado pelo G1 quando foi a Cuba para participar do cortejo fúnebre do Líder da Revolução Cubana Fidel Castro Ruz, de 90 anos, escreveu um testemunho ocular do que viu no país caribenho. Cuba por ter um sistema de governo diferenciada dos demais, traz sempre muita discussão, muitos mitos e inverdades do que de fato ocorre por lá. Muitos sem nunca ter pisado os pés na ilha, se baseando em divulgações de caráter ideológico a tacha de local atrasado e dizem ainda que por lá não há liberdade, o povo passa fome e vivem numa ditadura violenta e sanguinária. Leia o relato do jovem itiruçuense:
"Que viagem! Que experiência!! O
que dizer desse país e desse povo tão encantador, tão alegre, tão politizado,
tão educado, com índices de saúde, mortalidade infantil e expectativa de vida
entre os melhores do mundo? Devo confessar que nem em Estocolmo e Oslo me senti
tão seguro. Confessar também que alegria e hospitalidade igual é muito difícil
de encontrar. Cortar o país de oeste a leste e não ver um lixo na rua, não ver
uma favela, não ver uma criança fora da escola... O que mais reclamamos é da
falta de educação, saúde e segurança.
O que falar então de uma pequena ilha a
90 milhas da maior potência econômica e bélica do mundo, que há mais de 50 anos
sofre um criminoso embargo que os faz pagar 3x vezes mais por um remédio
"terceirizado" de outro país porque o embargo não permite que compre
diretamente? Essa pequena ilha ainda assim, afirma sua soberania e
independência como nenhum outro país e garante saúde e educação de alta
qualidade a todos os cidadãos. Ver uma senhora chorando em sua casa pela morte
de Fidel, lembrando que tinha o sonho de ser médica e não pôde, mas que sua
filha é médica e seus netos podem ser o que quiser graças à revolução. Ver um
senhor dizendo que quando falta luz pra ele, falta pra deputados e presidente,
que seus filhos e netos frequentam a mesma escola e são atendidos pelos mesmos
médicos que os das "autoridades".
Ver um jovem lembrando que Fidel
era de família rica e mesmo assim deu a cara e arriscou a vida pela revolução!
Aí vem o que toda a mídia nos faz crer: e a liberdade do povo cubano? Dos que
conversei, quase todos já tinham saído do país ou tinham amigos e familiares
fora. Na fila do aeroporto não faltava passaporte azul da "República de
Cuba". A Internet não é tão fácil como aqui, mas as praças estavam cheia
de jovens e adultos e nos celulares, usando Facebook e vendo todos os sites, a
propósito, nenhum deu não permitido o acesso (ao contrário do que pensam
muitos). Não foram poucos os comitês de bairro que vi na breve estadia.
Tinha
também os que querem uma maior abertura econômica, mas mesmo esses reconhecem o
que só Cuba pode oferecer a todos os seus cidadãos. Não se ver riqueza, nem tão
pouco miséria, mas sim dignidade, sabedoria, educação e consciência política.
Afinal para uns terem muito, muitos têm que ter pouco. Lá se pode sair a
qualquer hora e falar com qualquer um, sem medo. Se ver que não se precisa de muitos
bens para viver. A paz, tranquilidade e segurança reinam. Cuba, mesmo antes de
te conhecer já te admirava e agora, vendo sua realidade e mudando (para melhor,
diga-se de passagem) muito do que pensava, passei a te admirar ainda mais. Um
povo solidário, alegre, educado, uma sociedade segura, com boa saúde e
educação, que oferece os mesmo serviços públicos aos cidadão "comuns"
e aos governantes. Em todas as manifestações o tripé saúde, educação e
segurança é o que mais o povo quer conquistar, mas vocês já tem!! O amor a seu
país, a tudo que ele lhes oferece e ao seu líder de tantas batalhas se ver por
toda a parte!! Experiência única! Obrigado Cuba! Obrigado povo cubano!! Hasta
la victoria siempre!!!" 🇨🇺🇨🇺
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