Os jornais impressos estão no que parece ser a crise final de sua história. No Brasil, foi simbólico que, neste mês de junho, o jornal O Globo tenha anunciado que não distribuirá mais sua versão impressa na capital federal, Brasília.
Segundo reportagem do Financial Times reproduzida pelo Valor Econômico, a agonia dos jornais atingiu o que parece ser seu ponto culminante. Em 2000, jornais e revistas ficavam com metade de todos os gastos com publicidade. Em duas décadas, sua participação nesse mercado de cerca de US$ 530 bilhões caiu para menos de 10%, com plataformas como Google e Facebook abocanhando a maior parte dos anúncios locais e classificados.
O coronavírus está desmantelando o que sobrou - alguns jornais informam que os anúncios caíram entre 50% e 90% em abril. Entre 2008 e 2019, o número de empregados nos jornais impressos nos EUA caiu para menos da metade, de 70 mil para um número abaixo de 35 mil.
No primeiro trimestre de 2020, o “The New York Times” conseguiu 587 mil novas assinaturas digitais - mais do que todos os 100 jornais controlados pela Gannett, a maior editora tipográfica dos EUA, e mais que o número de leitores por assinaturas pagas do “Los Angeles Times” e do “The Boston Globe” juntos.
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