Pessoas com diagnóstico confirmado de câncer de próstata, rim ou bexiga devem ser operados durante a pandemia do novo coronavírus ou é melhor esperar, já que pacientes oncológicos fazem parte do grupo de risco da Covid-19? A resposta para esta pergunta é: depende. Não há uma definição inconteste para a questão porque os critérios dependem do tipo de câncer, da fase de desenvolvimento do tumor (estadiamento), da idade e das condições clínicas (comorbidades) do paciente, entre outras variáveis.
A maioria dos casos de câncer de próstata localizado, por exemplo, em geral, não apresenta característica de urgência no tratamento inicial. Contudo, nos casos de risco intermediário, é considerado seguro atrasar o tratamento por até três ou quatro meses. Já os tumores de alto risco podem demandar tratamento imediato, seja ele cirúrgico, radioterápico ou hormonal, mas alguns casos podem ter o tratamento definitivo adiado para depois da pandemia.
“A escolha depende da avaliação criteriosa de riscos e benefícios, que precisa ser feita por um especialista experiente juntamente com o paciente”, destacou o uro-oncologista Augusto Modesto, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Urologia - seccional Bahia (SBU-BA).
Em certos casos, a depender das estatísticas locais de contágio pelo coronavírus e da disponibilidade de leitos para atender pacientes com outras doenças, a cirurgia imediata pode ser a melhor alternativa. “É um grande desafio, mas precisamos medir o risco do paciente em adquirir a Covid-19 durante a internação em relação ao benefício de não atrasar o tratamento oncológico”, disse o médico, acostumado a realizar dezenas de cirurgias uro-oncológicas nos Hospitais Aristides Maltez e São Rafael/Rede D’or, onde atua.
Em certos casos, a depender das estatísticas locais de contágio pelo coronavírus e da disponibilidade de leitos para atender pacientes com outras doenças, a cirurgia imediata pode ser a melhor alternativa. “É um grande desafio, mas precisamos medir o risco do paciente em adquirir a Covid-19 durante a internação em relação ao benefício de não atrasar o tratamento oncológico”, disse o médico, acostumado a realizar dezenas de cirurgias uro-oncológicas nos Hospitais Aristides Maltez e São Rafael/Rede D’or, onde atua.
Nenhum comentário: