Segundo o jornal norte americano o fundo do barril global também é bastante visível: os governantes da Bielorrússia, Turquemenistão, Nicarágua e Brasil rejeitaram a seriedade do vírus e motivam seus cidadãos a continuar mais ou menos o normal. Bielorrússia e Nicarágua ainda estão realizando esportes profissionais; O chefe da Bielorrússia Alexander Lukashenko aconselhou as pessoas a evitar contrair a covid-19 tomando saunas frequentes e bebendo vodka. O caso do ditador nicaragüense Daniel Ortega ainda é estranho: ele não é visto nem ouvido em público há um mês.
O jornal afirmou que de longe, o caso mais grave de improbidade é o do presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Quando as infecções começaram a se espalhar em um país de mais de 200 milhões de pessoas, o populista de direita descartou o coronavírus como "um pouco de gripe" e incentivou os brasileiros a "enfrentar o vírus como um homem, caramba, não um menino" falou o presidente. Pior, o presidente tentou repetidamente minar as medidas tomadas pelos 27 governadores estaduais do país para conter o surto.
Bolsonaro primeiro emitiu um decreto retirando os estados do poder de restringir o movimento. Em seguida, ele tentou isentar igrejas e casas lotéricas de restrições e às reuniões. Felizmente, nos dois casos, ele foi anulado pelos tribunais. Mas o presidente continuou a campanha contra o distanciamento social; outra ordem judicial foi necessária para interromper uma campanha publicitária que ele lançou sob um slogan em português que se traduz como "#BrasilNãoPodeParar".
Governadores de estado e o ministro da Saúde de Bolsonaro exortaram o público a desconsiderá-lo, e manifestantes em várias cidades estão batendo panelas e frigideiras de suas casas à noite em protesto. Uma pesquisa mostrou que 76% das pessoas aprovam o tratamento convencional da crise pelo ministro da Saúde, em comparação com 33% que apoiam o de Bolsonaro.
O resultado previsível tem sido uma taxa crescente de doenças e mortes. Na ultima segunda-feira, o Brasil ocupava a 14ª posição no mundo em infecções, com mais de 22.000, e 11ª em mortes, com 1.245, segundo o site de rastreamento da Universidade Johns Hopkins. Epidemiologistas estão prevendo que o pico de infecções e mortes ainda está por vir, graças à frouxidão no distanciamento social incentivada por Bolsonaro. O jornal britânico The Guardian revelou que já se espera que os serviços de saúde ficassem sobrecarregados em três a quatro semanas
Itiruçu Notícias | Fonte The Washington Post
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