Congressistas e personalidades políticas acusam o presidente Jair Bolsonaro de crime de obstrução de Justiça. Para os opositores, o presidente teria confessado a irregularidade ao afirmar que pegou as gravações das ligações da portaria do condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, para “evitar adulteração no conteúdo“.
As gravações em questão importam para as investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes. Em depoimento à polícia, 1 porteiro do condomínio onde Bolsonaro tem casa disse que, em março de 2018, uma pessoa com a voz que ele julgou ser a do presidente autorizou a entrada de Élcio de Queiroz, 1 dos suspeitos de participar do crime. Élcio teria visitado o ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos.
O assunto “Obstrução” estava nos assuntos mais citados (Trending Topics) do Twitter até as 18h20 deste sábado (2.nov.2019).
O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), disse que, em parceria com o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acionará a PGR (Procuradoria Geral da República) contra o presidente por obstrução de Justiça. “Queremos a devolução desse material e uma nova perícia, sem interferências”, declarou.
Em nota, os congressistas afirmam que também pedirão a devolução do material que Bolsonaro “se apropriou ilegalmente” e solicitarão que “todo o conteúdo seja periciado”. “Não cabe ao presidente da República determinar a apreensão de provas”, completa a nota. Leia a íntegra.
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