Márcio França não disfarça a empolgação de quem está prestes a assumir o segundo maior orçamento do Brasil. Vice-governador de São Paulo, este político do PSB deve ser alçado ao comando do Estado entre janeiro e abril de 2018, quando Geraldo Alckmin irá se licenciar para disputar a presidência da República. Mas as ambições deste nativo de São Vicente, litoral paulista, são maiores do que ser governador em exercício: ele pretende, com ou sem o apoio dos tucanos, disputar a reeleição em 2018. Apesar de se considerar um político de esquerda, França rasga elogios ao governador, nega que o tucano seja “de direita” e afirma que, caso eleito, seu mandato será de “continuação”. “O Alckmin fez muitas coisas que devem ser mantidas. Mas é claro que cada um quando governa põe um pouco do seu perfil. Meu perfil é mais social”, afirma.
Aos 54 anos, o vice-governador - que já foi prefeito de sua cidade natal por dois mandatos - se gaba de nunca ter mudado de partido, defende as ações polêmicas da Polícia Militar, e diz que é mais fácil “encontrar elefante voando” do que Alckmin metido em alguma confusão: “ele é a própria expressão de um monge franciscano, em termos de humildade e retidão”. O governador é alvo de inquérito na Operação Lava Jato, e teve suas gestões à frente do Estado marcadas por escândalos de corrupção como o trensalão.
Prisa Noticias
Nenhum comentário: