O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu o afastamento definitivo de Eurico Miranda da presidência do Vasco da Gama. O Cartola é acusado de acobertar torcidas organizadas após atos violentos em estádios de futebol . A informação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (14) pelo Bom Dia Brasil jornal da manhã da TV Globo.
Segundo o jornal o MPRJ baseou-se em relatórios do grupamento especial de estádios da PM, sobre a confusão no fim do jogo entre Flamengo e Vasco, no dia 8 de julho, em São Januário. Quando torcedores vascaínos jogaram bombas e objetos nos jogadores do Flamengo e nos policiais militares, tentaram invadir o gramado. A polícia reagiu, jogando gás de pimenta, mas isso acabou afetando também os torcedores que não estavam envolvidos no tumulto, principalmente aqueles que estavam lá com filhos e mulheres. O conflito continuou do lado de fora do estádio, e acabou em tragédia, com a morte do torcedor David Rocha Lopes, baleado no peito.
Os promotores afirmam que o Vasco da Gama descumpre artigos do estatuto do torcedor, sobre a prevenção da violência nos esportes. Segundo o Ministério Público, a insegurança durante jogos é estimulada pela prática do clube em apoiar e incentivar a torcida organizada força jovem, atualmente punida com ordem de afastamento de qualquer arena esportiva por conta de episódios de violência.
Na época do incidente, presidente do Vasco, Eurico Miranda, atribuiu a confusão há grupos de oposição política à atual diretoria.
O estádio de São Januário foi interditado por seis meses, mas o clube conseguiu, na Justiça, a liberação e jogou sem torcida contra o Grêmio, no último dia 9.
Ao telejornal da "TV Globo", Eurico afirmou que a denúncia é absurda e motivada por interesses pessoais. Garantiu ainda que irá prestar esclarecimentos. Já a organizada Torcida Jovem, maior organizada cruz-maltina, disse que não tem vínculo com o clube e negou que seja dona de camarote no estádio.
Nenhum comentário: