Pelo menos duas operações da
Policia Federal de Vitória da Conquista chamou a atenção em Itiruçu e região na
manhã desta Terça Feira (27) e desde o final da tarde de Segunda Feira (26).
A primeira envolveu investigações
sobre a empresa M. Filho inquerida por corrupção e que prestou serviços em
Itiruçu nos anos de 2010 e 2011. Segundo informações, motoristas que prestavam
serviços à dita empresa de transporte escolar, foram ouvidos na região da
várzea, zona rural de Itiruçu. A ação ocorre em mais de 26 municípios baianos. As
acusações são de fraudes com desvios de verba federal do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) ou verbas estaduais e municipais. Essa foi mais uma fase da
operação que ocorreu desde 2014 também no município de Itiruçu e nos demais.
A segunda operação ocorreu desde
as 4:30 da manhã desta terça, e teve como intuito desbaratar fraudes em
aposentadoria por invalidez junta a previdência social. A operação se
desenrolou em ação que envolve os municípios de Itiruçu, Lajedo do Tabocal e
Lafaiete Coutinho. Em Itiruçu, foram feitas buscas em computadores, o que levou
inclusive os investigadores a entrarem na Câmara de Vereadores, local onde se
suspeitava que pudesse ter ocorrido atendimento de pessoas por envolvidos nas
fraudes.
Intitulada de Inredux
[persistência no crime], os agentes cumpriram diversos mandados judiciais: um
de prisão preventiva sete de condução coercitiva, três de busca e apreensão,
além de três medidas cautelares de suspensão de atividade. Conforme a PF, a
apuração começou em 2014 a partir de informações de que uma pessoa atuava de
forma irregular na intermediação de requerimentos de benefícios com a agência
da Previdência em Itiruçu, inclusive com falsificação de documentos envolvendo
até defuntos.
Ainda segundo a PF, após o
cumprimento de mandado de busca no escritório do investigado, e com informações
adicionais da referida agência, foram identificados vários requerimentos de
benefícios previdenciários de natureza rural feito pelo investigado e instruído
com documentos falsos, em especial certidões de nascimento e contratos de
comodato. Também se constatou a falsificação de declarações de atividade rural,
as quais eram obtidas junto aos sindicatos dos pequenos produtores rurais de
Itiruçu, Lajedo do Tabocal e Lafaiete Coutinho, cujos responsáveis,
suspeita-se, tinham participação no esquema criminoso. A PF ainda declara que
mesmo após o cumprimento do referido mandado de busca, o investigado continuou
com a atuação ilícita, passando, ainda, a orientar testemunhas a mentir aos
investigadores para acobertar seu envolvimento nas fraudes.
A atitude irredutível do
investigado, persistindo na pratica criminosa, foi o que justificou o nome da
operação: Inredux (em latim, irredutível). Até o momento, não foi possível
apurar o volume desviado da Previdência.
A Reportagem do Itiruçu Notícias
teve acesso a nomes de pessoas que são alvos diretos da operação, todavia
aguardamos a confirmação da Polícia Federal que ainda apura os fatos. Várias
pessoas foram conduzidas coercitivamente para prestar esclarecimentos. A
suspeita de que os autores da ação apurada pela PF, tenha falsificado
assinaturas e nomes de sindicatos a fim de conseguir aposentadorias
fraudulentas.
Resposta: O vereador Jó de Ju, que teve o seu gabinete averiguado pela PF, após suspeita que seu irmão Aílton, um dos principais investigados da operação, atuasse por lá, decidiu falar em redes sociais sobre o assunto: "Como é do conhecimento de muitos hoje
pela manhã a Polícia Federal compareceu na casa do meu pai em busca de
documentos, no qual houve uma denuncia maldosa, que os mesmos seriam
falsificados pelo meu irmão Ailton. Porém, nada ilícito foi encontrado, assim
como também no meu gabinete. Local cedido por mim para atendimento quando
necessário à população sem fins lucrativos.
Infelizmente a notícia repercurtio de forma
deturpada e confundida com outras investigações referente aos anos 2010 e 2011
na qual também nada tenho haver," disse o edil.
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