O senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi interrogado na manhã desta terça-feira (2) na Polícia Federal, em Brasília, na condição de investigado em um inquérito que apura irregularidades em Furnas, estatal do setor elétrico. O interrogatório durou cerca de uma hora.
A imprensa tratou do caso como se deve, mas muito distante do tratamento
que dispensa a outras lideranças políticas. O Judiciário, e ai
inclui-se o Ministério Público e a Polícia Federal, atuaram de maneira a
respeitar o rito processual, sem qualquer alarde, entrevista coletiva
ou esquema desproporcional de segurança.
Ao todo, Aécio é alvo de sete inquéritos no Supremo Tribunal Federal. No caso de Furnas, ele é acusado de receber dinheiro de propina do ex-diretor da estatal Dimas Toledo, em um esquema de desvio de recursos na estatal do setor elétrico.
"A ênfase que se deu é que toda a suspeita que se lançou sobre ele veio por informações 'por ouvir dizer'. Ele refutou tudo que foi dito", afirmou Toron em entrevista ao Estadão. A ênfase de Aécio de que as suspeitas lançadas contra ele são resultado de depoimentos baseados no "ouvi dizer" é a base da maior parte dos depoimentos de delatores da Operação Lava Jato, que deram origem ao processo contra Aécio.
O interrogatório estava marcado originalmente para a semana passada, mas foi adiado depois de o ministro Gilmar Mendes, relator deste inquérito no STF, atendeu a um pedido da defesa e garantiu acesso aos termos de depoimentos prestados por testemunhas de acusação, o que havia sido negado pela Polícia Federal.
O interrogatório estava marcado originalmente para a semana passada, mas foi adiado depois de o ministro Gilmar Mendes, relator deste inquérito no STF, atendeu a um pedido da defesa e garantiu acesso aos termos de depoimentos prestados por testemunhas de acusação, o que havia sido negado pela Polícia Federal.
com informações do Estadão
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