Michel Temer admitiu, ao vivo e em rede nacional, em entrevista na Band, que Dilma Rousseff foi derrubada porque o PT não salvou o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), no Conselho de Ética da Casa; com tranquilidade, Temer narrou o episódio de chantagem política como se fosse algo absolutamente banal e cuja culpa fosse exclusivamente de Dilma e do PT, por não terem se submetido à chantagem de seu aliado, hoje condenado a mais de 15 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro; depois de contar sobre o fracasso do arranjo devido à recusa dos petistas, Temer comentou: "Que coisa curiosa! se o PT tivesse votado nele naquele comitê de ética, seria muito provável que a senhora presidente continuasse"; na prática, Temer confessou que houve desvio de finalidade no golpe parlamentar de 2016 e que o impeachment nada teve a ver com as tais pedaladas fiscais.
O ex-ministro José Eduardo Cardozo, hoje
advogado da presidente deposta Dilma Rousseff, disse que irá juntar ao processo
que trata do mérito do impeachment no Supremo Tribunal Federal a prova
fornecida por Michel Temer, que, ontem, em entrevista à Band, confessou que
Dilma só caiu porque não cedeu à chantagem de Eduardo Cunha.
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